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Novo BLX-Bragalux pretende investir 64 milhões e contratar mais 225 pessoas
O bracarense Três60, que é formado por duas dúzias de empresas e que emprega 1.350 pessoas, quer ser conhecido pelo novo nome da sua principal estrela, que contribui com 50 milhões para a faturação de 180 milhões de euros do grupo detido pelas famílias Lameiras e Rodrigues.
Conhece o grupo Três60? É formado por 24 empresas nas áreas de energia, telecomunicações, gás e renováveis, que aproveitou o seu atual "momento de forte aposta na inovação e na sustentabilidade dos investimentos, com enfoque na transição energética e nas ‘smart cities’", para mudar o nome do seu universo empresarial para BLX-Bragalux, adotando, grosso modo, o nome da sua principal empresa, a Bragalux.
"Com um volume de faturação que atingiu os 180 milhões de euros em 2020, 50 milhões dos quais gerados pela Bragalux, o grupo prepara-se para uma mudança de marca como resposta aos novos desafios da Internacionalização", avança o grupo detido pelas famílias Lameiras e Rodrigues, em comunicado enviado ao Negócios, esta segunda-feira, 29 de novembro.
O plano de investimentos do renovado grupo "ronda os 64 milhões de euros, 24 milhões dos quais são investimentos diretos, envolvendo a contratação de mais 255 colaboradores que se juntam ao universo superior a 1.350 atualmente em funções nas diversas áreas de atuação", afiançam Nuno Lameiras e Bruno Rodrigues, administradores do agora BLX-Bragalux.
Um forte plano de investimentos que "tem como pano de fundo a transição energética - marca dos 40 anos de atividade -, em que tem sido protagonista quer na eletrificação do país na década de 80, quer nos atuais desafios de digitalização e descarbonização", realçam.
A comemorar os 40 anos de existência, a BLX-BragaLux, 2parceira da E-Redes na empreitada contínua de expansão e manutenção da rede pública do país, sendo uma das oito empresas nacionais envolvidas", promete "continuar a investir nos próximos anos em Portugal e na internacionalização, com expansão para novos mercados".
Apesar de não descurarem o potencial dos apoios europeus, Bruno Rodrigues afirma que "a nossa aposta não se centra nos fundos comunitários, mas sim na inovação".
"Os desafios são tantos e tão profundos que acreditamos que apenas as empresas com elevada capacidade em inovar irão prosperar a médio prazo", enfatiza.
"O alinhamento com a estratégia de desenvolvimento qualificado, profundamente orientado ao cliente, é que nos tem permitido assumir posições de referência nos diversos mercados onde atuamos" defende Nuno Lameiras.
Jorge Saraiva, diretor de Inovação do grupo e especialista em "smart cities, diz que o enfoque nesta área é bem visível com o produto Smart Lamppost. que será lançado brevemente no mercado.
"Além de inovação, é um manifesto para ‘smart cities’, dado que para a maioria dos grandes fabricantes de material elétrico ‘smart city’ é uma oportunidade para vender novas versões dos seus produtos, adicionando-lhes alguns sensores e componentes ‘smart’ e, assim, reduzindo o ciclo de vida dos anteriores produtos".
Considerando que "é só via da adaptação das infraestruturas existentes, acrescentando-lhe tecnologia ‘smart’, que é possível atingir as metas da descarbonização e sustentabilidade do país", no quadro do plano nacional de energia e clima 2030, conclui que "esta é a aposta mais forte na década de inovação da Bragalux".
De acordo com a descrição da empresa, o BLX Smart Lamppost "não precisa de uma estrutura própria de suporte, é instalado nas luminárias existentes e permite medir a qualidade do ar, a pegada de carbono especificamente no local".
"É uma estação meteorológica, tem ainda um sistema videovigilância (CCTV) que, com recurso à Inteligência Artificial, permite automaticamente contar carros e engarrafamentos, identificar acidentes e alguns atos de vandalismo respeitando sempre a privacidade dos transeuntes. Os dados são depois monitorizados constantemente na plataforma BLX-Digital Twin, outra das grandes inovações da empresa", salienta.