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Lucros da Sumol+Compal crescem 43% até Setembro

Fabricante de sumos vendeu mais 12,3% em Portugal e mais 21,4% em mercados internacionais entre Janeiro e Setembro. A unidade de Angola já começou a laborar no terceiro trimestre.

26 de Novembro de 2015 às 17:19
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O grupo nascido da fusão entre a Sumol e a Compal registou nos primeiros nove meses resultados líquidos de 9,6 milhões de euros, um crescimento de 43,3% face a igual período de 2014, anunciou a empresa esta quinta-feira, após o fecho do mercado.

No período em análise, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) foi de 36,5 milhões de euros, mais 12,4%, com o EBIT a progredir 17,3%, para 26,5 milhões de euros. "a margem bruta cresceu 14,3%, para 141,9 milhões de euros, correspondendo a 53,6% do volume de negócios" nos primeiros três trimestres, adianta o grupo, liderado pelo presidente executivo, Duarte Pinto.

Entre Janeiro e Setembro deste ano, a S+C registou um volume de negócios de 264,7 milhões de euros, melhor em 13,9%. As vendas da fabricante de sumos, néctares e refrigerantes melhoraram 14,8%, para 257,9 milhões de euros.

Deste total, o mercado interno foi responsável por 182,6 milhões de euros, mais 12,3%, e os mercados internacionais por 75,2 milhões de euros, mais 21,4%, "muito impulsionado pelas vendas no continente africano", explica a empresa. "O peso relativo das vendas internacionais já representa 29,5% do total".

Angola já a laborar

Nos primeiros nove meses do ano, a companhia investiu 18,8 milhões de euros – "a grande maioria realizou-se em Angola na implementação do projecto da fábrica Bom Jesus para a produção e embalamento de sumos, néctares e refrigerantes".

A unidade angolana de Bom Jesus, em Luanda, iniciou aliás a produção dos sumos Um Bongo e Compal no "terceiro trimestre", avança a empresa, adiantando que "está em curso a instalação de equipamentos para a produção de refrigerantes", prevendo que "a produção local de Sumol nesta unidade tenha início ainda no primeiro trimestre do próximo ano".

O grupo sublinha, contudo, que "este investimento" se realiza "num quadro de abrandamento económico em Angola e de fortes restrições às importações de bebidas e no acesso de divisas".

A S+C, que já tinha uma unidade operacional em Moçambique, alienou, no final de 2014, 49% da Sumol+Compal Marcas aos franceses da Castel (via Copagef), o que está a beneficiar a expansão no continente europeu. Nas perspectivas para o ano completo de 2015, o grupo tem a "expectativa de aumentar as vendas" com a diversificação de mercados internacionais, "designadamente em África, embora a evolução das vendas em Angola", o "principal mercado externo" da S+C, "possa ser condicionada pelo abrandamento da actividade económica e pela escassez de divisas".

Consolidação em Portugal

"No ano em curso", avança no comunicado, a companhia irá manter-se "atenta a oportunidades de parcerias estratégicas que contribuam para a consolidação do negócio em Portugal e a expansão internacional".

O grupo espera, no mercado nacional, que as categorias de "bebidas de alta rotação em que a S+C está presente" retomem "um padrão de crescimento moderado beneficiando do aumento do consumo privado e de condições climatéricas favoráveis no período de Verão".

Assim, conclui, "o volume de negócios e os resultados operacionais da S+C, em 2015, deverão ser significativamente superiores aos do ano anterior". Embora, alerte, 2seja esperada uma desaceleração do crescimento dos mesmos no último trimestre em resultado do abrandamento económico em Angola".

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