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Lucros da Martifer quadruplicam no semestre

O grupo de Oliveira de Frades fechou a primeira metade deste ano com lucros de 5,8 milhões de euros, quase quatro vezes mais face aos 1,5 milhões obtidos no mesmo período do ano passado, continuando a cortar na dívida e a somar proveitos.

Pedro Duarte, CEO da Martifer. Daniela Ferreira
Rui Neves ruineves@negocios.pt 26 de Agosto de 2021 às 17:18

O grupo Martifer, que gera nos mercados externos mais de 80% da sua faturação, apresenta uma carteira de encomendas robusta, atingindo os 512 milhões de euros, sobretudo na construção metálica e na indústria naval, dos quais 23% a executar este ano e os restantes 77% nos anos seguintes.

Perspetivas positivas para a atividade do grupo sediado em Oliveira de Frades, que encerrou a primeira metade deste ano com lucros de 5,8 milhões de euros, quase quadruplicando o resultado líquido de 1,5 milhões obtido no mesmo período do ano passado, de acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta quinta-feira, 26 de agosto.

Já o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) quase duplicou para 12,6 milhões de euros, face há um ano, "com todos os segmentos operacionais a apresentar EBITDA positivo", realça a empresa liderada por Pedro Duarte.

 

Depois de, no final de 2020, ter voltado a atingir capitais próprios positivos, o que aconteceu pela primeira vez nos últimos cinco anos, este indicador fixou-se em 11,5 milhões de euros no final de junho passado, com o capital atribuível ao grupo de 12,8 milhões.

 

Entretanto, a Martifer continua a cortar no endividamento, com a dívida bruta a baixar seis milhões de euros face a dezembro de 2020 para 114 milhões de euros, enquanto a dívida líquida teve uma redução de três milhões para 73 milhões de euros.

Os proveitos operacionais atingiram nos primeiros seis meses de 2021 os 125,3 milhões de euros, mais 14,1 milhões do que no mesmo período do ano passado.

 

Por áreas de atividade, a construção metálica contribuiu com 67 milhões de euros para o total de vendas, seguido da indústria naval com 52,5 milhões e do segmento das energias renováveis com 6,6 milhões de euros.

Reforçar perfil exportador na construção metálica e construir nova doca da West Sea

 

"Concretizado o objetivo da sustentabilidade económica e financeira", o grupo controlado pelos irmãos Carlos e Jorge Martins "pretende consolidar a trajetória dos últimos anos, com um posicionamento estratégico, claro e objetivo por unidade de negócio", afirma a Martifer.

 

Na atividade fundacional da construção metálica, a estratégia passa por "procurar oportunidades em linha com o desígnio do reforço do perfil exportador do grupo, potenciando a capacidade industrial em Portugal para os mercados externos onde a Martifer está presente".

 

Além de "reforçar a atividade de manutenção industrial", na Indústria naval pretende "concretizar o investimento na nova doca" nos estaleiros da West Sea, em Viana do Castelo, avaliado em aproximadamente 18 milhões de euros, "consolidando o peso desta unidade de negócio no volume de negócios do grupo".

 

No segmento da energia, promete "fomentar o negócio das renováveis, quer através da rotação de ativos quer do aproveitamento de oportunidades em projetos eólicos e solares, e continuar a potenciar os sucessos alcançados, nomeadamente nos leilões de energia eólica e solar, na Polónia", assim como, "fazendo jus ao ADN do grupo, procurar oportunidades em particular no setor da energia, em linha com os desafios da transição energética e das metas de descarbonização da economia".

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