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Martifer atinge máximos de sete anos após quadruplicar lucros
As ações da empresa industrial estão a reagir em alta à apresentação de resultados.
A Martifer, que gera nos mercados externos mais de 80% da faturação, apresenta uma carteira de encomendas robusta, atingindo os 512 milhões de euros, sobretudo na construção metálica e na indústria naval, dos quais 23% a executar este ano e os restantes 77% nos anos seguintes.
Já o resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) quase duplicou para 12,6 milhões de euros face há um ano, "com todos os segmentos operacionais a apresentar EBITDA positivo", realça a empresa liderada por Pedro Duarte, no comunicado enviada esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Em bolsa, a Martifer avança 1,35% para 0,75 euros, no valor mais elevado desde maio de 2014, tendo chegado a tocar nos 0,788 euros nas primeiras negociações da sessão. As ações da industrial transacionam no PSI Geral, onde a generalidade das cotadas segue esta sexta-feira com perdas ligeiras. O índice de referência nacional, o PSI-20, desliza 0,15% para 5.322,86 pontos.
Em termos de perspetivas futuras, o objetivo é reforçar o perfil exportador na construção metálica e construir a nova doca da West Sea. "Concretizado o objetivo da sustentabilidade económica e financeira", o grupo controlado pelos irmãos Carlos e Jorge Martins "pretende consolidar a trajetória dos últimos anos, com um posicionamento estratégico, claro e objetivo por unidade de negócio", afirma a Martifer.
Na atividade fundacional da construção metálica, a estratégia passa por "procurar oportunidades em linha com o desígnio do reforço do perfil exportador do grupo, potenciando a capacidade industrial em Portugal para os mercados externos onde a Martifer está presente".