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Lucros da Martifer aumentam para 13,3 milhões com menos receitas e dívida

O grupo controlado pelos irmãos Martins e a Mota-Engil fechou 2022 com vendas de 211,5 milhões de euros, menos 17,2 milhões do que no ano anterior, tendo baixado em 29 milhões a dívida líquida para 41 milhões de euros.

Pedro Duarte, CEO da Martifer.
Rui Neves ruineves@negocios.pt 16 de Março de 2023 às 17:54

Após ter duplicado os lucros do primeiro para o segundo ano da pandemia de covid-19, o grupo Martifer encerrou o último exercício com um resultado líquido de 13,3 milhões de euros, mais dois milhões do que em 2021, com o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) a atingir o mesmo valor do ano anterior – 25,8 milhões de euros.

 

Um resultado encorpado apesar de, pelo segundo ano consecutivo, a faturação ter baixado: menos 37,8 milhões de euros do que em 2020 e inferior em 17,2 milhões face a 2021, para um volume de receitas total de 211,5 milhões no exercício em 2022, revela a empresa, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMV), esta quinta-feira, 16 de março.

 

Por áreas de actividade, comas exportações a geraram 78% das vendas consolidadas, a construção metálica contribuiu com metade (49%), seguido da indústria naval com 33%, enquanto os segmentos das energias renováveis e da manutenção industrial geraram apenas 10% e 8% do volume de negócios do grupo, respetivamente.

 

Capitais próprios duplicam, dívida desce a pique

 

O investimento situou-se em 2,9 milhões de euros – menos quase um milhão do que no ano anterior -, dos quais 1,5 milhões de renováveis, 1,3 milhões da construção metálica e 120 mil euros da indústria naval.

Entretanto, os capitais próprios do grupo Martifer, que tinham mais do que triplicado em 2021 face ao ano anterior, fecharam 2022 nos 35 milhões de euros, quase duplicando os 18,5 milhões atingidos um ano antes.

 

Sempre em forma está a aposta na redução do endividamento do grupo controlado pela I’M SGPS, dos irmãos Carlos e Jorge Martins, e a Mota-Engil.

 

No final de dezembro passado, a dívida bruta do grupo Martifer era de 97 milhões de euros, menos 14 milhões do que um ano antes, enquanto a dívida líquida teve uma redução de 29 milhões para 41 milhões de euros.

 

Carteira de encomenda de 460 milhões reforçada em 68 milhões em fevereiro

 

A carteira de encomendas fixava-se em 460 milhões de euros no final de 2022 – menos 32 milhões do que em dezembro de 20221 -, tendo já este ano sido reforçada com a adjudicação de um robusto contrato, no valor de 68 milhões de euros, para o fornecimento e montagem de viadutos ferroviários em estrutura metálica em Birmingham, inseridos no projeto High Speed Two (HS"), a nova linha férrea de alta velocidade que ligará Londres ao norte de Inglaterra.

 

Por setores, no final de 2022, quase metade (47%) do valor das encomendas tem origem na indústria naval e 30% nas estruturas metálicas, seguindo-se as fachadas e a manutenção industrial com 11% cada.

"Durante o exercício de 2023, o grupo Martifer continuará a aprofundar a concretização dos seus eixos estratégicos, alicerçado nos pilares que sustentaram o sucesso dos últimos anos, mas com a ambição renovada de um crescimento sustentado e sustentável e mantém-se focado nos objetivos e na estratégia definida", realça o grupo no mesmo comunicado enviado à CMVM.

 

Na construção metálica, o foco da Martifer "permanece no reforço do perfil exportador do grupo, procurando oportunidades em mercados e clientes que valorizam qualidade e excelência, na organização e valorização das pessoas e na produtividade".

 

Já no negócio da indústria naval, o grupo perspectiva aumentar a sua capacidade de reparação naval, "posicionando-nos como um dos mais importantes estaleiros da Europa nesta área e tornar as atividades de reparação e construção naval cada vez mais balanceadas no peso relativo do volume de negócios", promete, pretendendo, também, "reforçar a atividade da Operação & Manutenção, em particular da Manutenção Industrial".

 

Na área das Renováveis & Energia, a Martifer quer "crescer de forma gradual e consistente, aumentando o peso relativo desta unidade de negócio no grupo, aproveitando as oportunidades associadas à transição energética, à descarbonização da economia e ao hidrogénio (através do consórcio GreenH2Atlantic em que participamos)", remata o grupo que tem Pedro Duarte como CEO.

 

 

 

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