A Inapa registou um resultado líquido negativo de 2,2 milhões de euros em 2016, superior às perdas de 400 mil euros apresentadas em 2015, divulgou a empresa à CMVM, esta sexta-feira, 24 de Março.

As vendas consolidadas do grupo atingiram os 849,8 milhões de euros, um decréscimo de 3,6% em termos homólogos, o que a Inapa atribui à evolução das vendas do negócio de papel que apresentaram um decréscimo de 4,6%, mas que foi parcialmente compensado pelo crescimento de 2,4% nos negócios de embalagem e comunicação visual.

De acordo com os resultados divulgados, ao longo de 2016 os custos de exploração registaram uma redução de 4%, equivalente a 5,9 milhões de euros, face ao ano anterior, "impulsionado por uma maior eficiência ao nível da rede logística e de distribuição, e pela diminuição dos gastos com pessoal por via da melhoria de produtividade e optimização dos recursos", refere o grupo.

"Em resultado do decréscimo nas vendas e da pressão ao nível das margens, cujos impactos foram parcialmente revertidos pela diminuição nos custos de exploração e imparidades, o EBITDA recorrente foi de 22 milhões de euros", refere a Inapa, que viu recuar este indicador  em 5,3% comparativamente com 2015.

Os resultados operacionais (EBIT) da empresa foram de 14,8 milhões de euros, traduzindo uma descida de 2,2 milhões de euros face a 2015.

Os custos financeiros líquidos diminuíram 7% (ou seja, 1,1 milhões de euros) para 14,2 milhões de euros em termos homólogos, o que o grupo justifica com "reduções de spreads fruto das renegociações levadas a cabo com alguns bancos, bem como à diminuição das taxas de referência e do endividamento total".

Os resultados consolidados antes de impostos foram de 500 mil euros, o que revela um recuo de face aos 1,7 milhões obtidos em 2015.

A dívida líquida consolidada do grupo era, a 31 de Dezembro, de 290,7 milhões de euros, o que revelava uma redução de 20,2 milhões de euros face ao ano anterior.

A Inapa refere ainda ter concluído negociações com alguns dos principais bancos financiadores do grupo no sentido de obter acordos de renovação e reprogramação dos planos de reembolsos, tendo o peso da dívida não corrente passado a representar 72% da dívida bruta total, um aumento de 8 pontos percentuais face ao período homólogo.