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Inapa com lucro de 500 mil euros nos primeiros seis meses do ano
O grupo de distribuição de papel melhorou os resultados no primeiro semestre de 2017, mas ainda não cumpre a meta da gestão. A compra em França é um negócio que ainda tem margem para dar, defende a empresa.
A Inapa registou um lucro de 523 mil euros nos primeiros seis meses do ano. A melhoria das vendas deu uma ajuda ao resultado líquido. No futuro, França poderá ainda dar uma ajuda.
O lucro de 523 mil euros da empresa de distribuição de papel compara com o resultado líquido de 271 mil registado no mesmo período de 2016, segundo comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Ainda assim, Diogo Rezende, o presidente executivo, em declarações ao Negócios, admite que não é o suficiente: "Não, os 500 mil euros não é um nível que nos satisfaça".
De qualquer forma, as vendas da Inapa cresceram. O indicador cresceu 6,6% em termos homólogos, fixando-se em 454,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2017. A empresa, centrada no papel, sublinha que mantém o crescimento nos negócios complementares de embalagem, comunicação visual e consumíveis de escritório.
Os custos de exploração avançaram 2,7% para 67,3 milhões de euros, sendo que o EBITDA recorrente (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) somou 27% para 13 milhões de euros. Este EBITDA recorrente exclui efeitos não recorrentes, que têm impacto apenas no semestre em causa.
A empresa que tem a CGD e o BCP como principais accionistas foi penalizada, nos seus resultados, pelo imposto pago no semestre, de 1,9 milhões de euros, que comparam com os 100 mil euros em créditos fiscais recebidos nos primeiros seis meses de 2016.
"Os resultados consolidados antes de impostos foram de 2,4 milhões de euros, que compara com 0,1 milhões de euros em 2016. O imposto sobre o rendimento cifrou-se em 1,9 milhões de euros é composto essencialmente por impostos correntes a suportar pelas sociedades em Portugal e França", indicou a empresa em comunicado, que adianta ainda que a dívida líquida cifrou-se em 296,1 milhões de euros, uma quebra de 2,9%.
França é mercado com "potencial"
França é um dos mercados em que a Inapa está a crescer, sendo o segundo mercado, atrás da Alemanha. "A facturação em França cresceu bastante porque a empresa que comprámos tinha o mesmo nível de facturação que tinha a Inapa França, uma quase duplicação de negócio", disse ao Negócios o presidente executivo.
A Inapa defende que a aquisição da Papyrus, em França, dá "um potencial muito grande". Isto porque com uma maior escala, consegue reduzir custos nas distâncias, por exemplo. "Quando olhamos para o primeiro semestre, foi possível obter poucas sinergias. Há potencial por explorar. Leva o seu tempo. Abre algumas perspectivas", explica.