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Impostos prejudicam Inapa no semestre

A Inapa registou um lucro de 500 mil euros no primeiro semestre, esperando o presidente, Diogo Rezende, que haja possibilidade de extrair mais negócio em França do que até aqui.

24 de Setembro de 2017 às 20:49
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Os impostos penalizaram os resultados da Inapa nos primeiros seis meses de 2017. Dos 2,4 milhões de euros que a empresa de distribuição de papel alcançou, 1,9 milhões foram para pagar imposto sobre o rendimento. Restaram 523 mil euros, o lucro obtido no período.

Ao Negócios, o presidente executivo, Diogo Rezende, lamenta que não seja possível haver "consolidação fiscal entre as geografias, o que não permite compensar uns [mercados] com os outros". "É algo que, na Europa, devia ser revisto", opina.

Os 1,9 milhões de euros gastos na rubrica de impostos – quando no primeiro semestre de 2016 tinha havido um crédito de cerca de 100 mil euros – devem-se, essencialmente, a "impostos correntes a suportar pelas sociedades em Portugal e em França", explica a empresa de distribuição de papel com negócio na comunicação visual e na embalagem.

A compra em França dá-nos um potencial e posição muito grandes. Diogo Rezende
Presidente executivo da Inapa

França ganhou importância na vida da Inapa no último ano, com a compra da Papyrus. "A facturação em França cresceu bastante porque a empresa que comprámos tinha o mesmo nível de facturação que tinha a Inapa França, uma quase duplicação de negócio", conta o presidente executivo.

A Inapa defende que a aquisição da Papyrus, em França, dá "um potencial muito grande". Isto porque, com uma maior escala, consegue reduzir custos nas distâncias, por exemplo. "Quando olhamos para o primeiro semestre, foi possível obter poucas sinergias. Há potencial por explorar. Leva o seu tempo. Abre algumas perspectivas", explica, optimista em relação à estratégia.

França tornou-se, em termos de venda, o segundo mercado mais relevante da Inapa, atrás da Alemanha e à frente do mercado nacional. Aliás, este domingo, realizaram-se as eleições gerais na Alemanha, evento em relação ao qual Diogo Rezende não mostrava qualquer apreensão. "Não estamos preocupados com o resultado das eleições na Alemanha, porque achamos que não há em cima da mesa decisões que possam vir a ser tomadas que tenham impacto directo no negócio", considerou, na sexta-feira.

Em termos accionistas, Diogo Rezende mostra-se despreocupado com a questão da distribuição de dividendos relativos a 2014, que a Inapa terá de pagar à CGD, BCP e Novo Banco. "Quer para nós, quer para os accionistas, o assunto ficou fechado em Abril deste ano".

Foi nesse mês que a assembleia-geral decidiu que o pagamento teria de ser feito, mas apenas quando houver garantias da solidez do capital da instituição. Neste momento, o presidente diz apenas que esse reforço "acontecerá por via de geração de resultados de forma normal", recusando existir algum calendário para essa distribuição.

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