Notícia
Impostos prejudicam Inapa no semestre
A Inapa registou um lucro de 500 mil euros no primeiro semestre, esperando o presidente, Diogo Rezende, que haja possibilidade de extrair mais negócio em França do que até aqui.
Os impostos penalizaram os resultados da Inapa nos primeiros seis meses de 2017. Dos 2,4 milhões de euros que a empresa de distribuição de papel alcançou, 1,9 milhões foram para pagar imposto sobre o rendimento. Restaram 523 mil euros, o lucro obtido no período.
Ao Negócios, o presidente executivo, Diogo Rezende, lamenta que não seja possível haver "consolidação fiscal entre as geografias, o que não permite compensar uns [mercados] com os outros". "É algo que, na Europa, devia ser revisto", opina.
Os 1,9 milhões de euros gastos na rubrica de impostos – quando no primeiro semestre de 2016 tinha havido um crédito de cerca de 100 mil euros – devem-se, essencialmente, a "impostos correntes a suportar pelas sociedades em Portugal e em França", explica a empresa de distribuição de papel com negócio na comunicação visual e na embalagem.
França ganhou importância na vida da Inapa no último ano, com a compra da Papyrus. "A facturação em França cresceu bastante porque a empresa que comprámos tinha o mesmo nível de facturação que tinha a Inapa França, uma quase duplicação de negócio", conta o presidente executivo.
A Inapa defende que a aquisição da Papyrus, em França, dá "um potencial muito grande". Isto porque, com uma maior escala, consegue reduzir custos nas distâncias, por exemplo. "Quando olhamos para o primeiro semestre, foi possível obter poucas sinergias. Há potencial por explorar. Leva o seu tempo. Abre algumas perspectivas", explica, optimista em relação à estratégia.
França tornou-se, em termos de venda, o segundo mercado mais relevante da Inapa, atrás da Alemanha e à frente do mercado nacional. Aliás, este domingo, realizaram-se as eleições gerais na Alemanha, evento em relação ao qual Diogo Rezende não mostrava qualquer apreensão. "Não estamos preocupados com o resultado das eleições na Alemanha, porque achamos que não há em cima da mesa decisões que possam vir a ser tomadas que tenham impacto directo no negócio", considerou, na sexta-feira.
Em termos accionistas, Diogo Rezende mostra-se despreocupado com a questão da distribuição de dividendos relativos a 2014, que a Inapa terá de pagar à CGD, BCP e Novo Banco. "Quer para nós, quer para os accionistas, o assunto ficou fechado em Abril deste ano".
Foi nesse mês que a assembleia-geral decidiu que o pagamento teria de ser feito, mas apenas quando houver garantias da solidez do capital da instituição. Neste momento, o presidente diz apenas que esse reforço "acontecerá por via de geração de resultados de forma normal", recusando existir algum calendário para essa distribuição.
Ao Negócios, o presidente executivo, Diogo Rezende, lamenta que não seja possível haver "consolidação fiscal entre as geografias, o que não permite compensar uns [mercados] com os outros". "É algo que, na Europa, devia ser revisto", opina.
A compra em França dá-nos um potencial e posição muito grandes. Diogo Rezende
Presidente executivo da Inapa
Presidente executivo da Inapa
França ganhou importância na vida da Inapa no último ano, com a compra da Papyrus. "A facturação em França cresceu bastante porque a empresa que comprámos tinha o mesmo nível de facturação que tinha a Inapa França, uma quase duplicação de negócio", conta o presidente executivo.
A Inapa defende que a aquisição da Papyrus, em França, dá "um potencial muito grande". Isto porque, com uma maior escala, consegue reduzir custos nas distâncias, por exemplo. "Quando olhamos para o primeiro semestre, foi possível obter poucas sinergias. Há potencial por explorar. Leva o seu tempo. Abre algumas perspectivas", explica, optimista em relação à estratégia.
França tornou-se, em termos de venda, o segundo mercado mais relevante da Inapa, atrás da Alemanha e à frente do mercado nacional. Aliás, este domingo, realizaram-se as eleições gerais na Alemanha, evento em relação ao qual Diogo Rezende não mostrava qualquer apreensão. "Não estamos preocupados com o resultado das eleições na Alemanha, porque achamos que não há em cima da mesa decisões que possam vir a ser tomadas que tenham impacto directo no negócio", considerou, na sexta-feira.
Em termos accionistas, Diogo Rezende mostra-se despreocupado com a questão da distribuição de dividendos relativos a 2014, que a Inapa terá de pagar à CGD, BCP e Novo Banco. "Quer para nós, quer para os accionistas, o assunto ficou fechado em Abril deste ano".
Foi nesse mês que a assembleia-geral decidiu que o pagamento teria de ser feito, mas apenas quando houver garantias da solidez do capital da instituição. Neste momento, o presidente diz apenas que esse reforço "acontecerá por via de geração de resultados de forma normal", recusando existir algum calendário para essa distribuição.