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Galegos compram empresa de pré-cozinhados de Arganil
A Congalsa é a nova dona da portuguesa Sulpasteis, que em 2019 faturou 17 milhões de euros a 450 restaurantes e hotéis. Investiu 5,6 milhões de euros e promete manter os 125 empregos nas duas fábricas do distrito de Coimbra.
Bolinhos de bacalhau, rissóis de camarão, folhados, chamuças, pataniscas de bacalhau e lulas recheadas. Estes são algumas das especialidades confecionadas pela Sulpasteis, uma empresa de Sarzedo, no concelho de Arganil, que acaba de ser comprada pela concorrente galega Congalsa.
Ao Negócios, fonte oficial informou que "por forma a adquirir 70% da Sulpasteis e consolidar a sua posição a nível internacional, a Congalsa investiu 5,6 milhões de euros". Silvino Gonçalves vai manter-se como sócio e diretor da operação portuguesa com o "objetivo de manter a ligação local".
Por outro lado, a empresa sediada em A Pobra do Caramiñal, que atua também no setor dos produtos pré-cozinhados ultracongelados, assegura que vai manter os 125 postos de trabalho nas duas unidades de produção localizadas no distrito de Coimbra.
Fundada em 1994 e dirigida por Silvino Gonçalves, que assinou o acordo com a congénere espanhola, a Sulpasteis registou vendas superiores a 17 milhões de euros em 2019, exportando 15% da produção. Tem uma rede de distribuição própria e uma carteira ativa de 450 clientes, concentrada exclusivamente no canal Horeca (hotelaria, restauração, cafetaria e catering).
"Esta operação permitirá que a nossa empresa cresça por via inorgânica e consolide a sua posição a nível internacional, particularmente no mercado português. Simultaneamente, permite-nos ter uma maior solidez económica e as duas empresas em conjunto irão atingir uma faturação anual superior a 100 milhões de euros em 2020", resume Luis Miguel Simarro, diretor-geral da Congalsa.
A empresa compradora, que emprega mais de 350 pessoas, movimentou no ano passado um total de 24,5 milhões de toneladas de produtos nas várias gamas. Numa nota de imprensa divulgada esta segunda-feira, 10 de fevereiro, surgem referidos os escritórios de advogados portugueses RRP e Telles Abreu como assessores jurídicos desta operação, financiada pela espanhola Cofides.
(Notícia atualizada às 19:20 com informações sobre o negócio e a futura gestão)