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Corticeira Amorim aumenta lucros para 40 milhões e vendas crescem acima da pré-pandemia

A maior empresa de produtos de cortiça do mundo fechou o primeiro semestre de 2021 com lucros de 39,4 milhões de euros, mais 15% do que no mesmo período do ano passado, enquanto a faturação aumentou quase 11% para 433,3 milhões. Investiu forte e cortou a dívida em 57 milhões.

António Rios Amorim, presidente da Corticeira Amorim. Jorge Miguel Gonçalves
03 de Agosto de 2021 às 16:42
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Mais lucros, forte crescimento do EBITDA e vendas acima de período pré-pandemia, mantendo o investimento em alta e a dívida em contínuo movimento decrescente.

 

Fechadas as contas do primeiro semestre de 2021, a Corticeira Amorim mostra a sua raça: o resultado líquido chegou aos 39,43 milhões de euros, o que traduz um aumento homólogo de 15,1%; o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) fixou-se em 77,27 milhões, mais 17,2%; e a faturação consolidada aumentou 10,7% para 433,31 milhões de euros.

Todas as unidades de negócio do grupo corticeiro registaram crescimentos robustos e terminaram o período com níveis de vendas superiores aos registados no primeiro semestre do ano passado, com destaque para a das rolhas, que representa 70% da faturação e teve um crescimento homólogo de 11,3%

 

"Esta evolução reflete um contexto mais favorável em termos de atividade económica e do consumo, após os efeitos negativos decorrentes das medidas restritivas implementadas por diferentes países para conter a propagação da pandemia covid-19", explica a Corticeira Amorim, esta terça-feira, 3 de agosto, em comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de valores Mobiliários (CMVM). 

Mais: excluindo o efeito cambial negativo, que continua a afetar a operação da Corticeira Amorim, "as vendas teriam subido 12,5% nos primeiros seis meses de 2021", enfatiza o grupo liderado por António Rios Amorim.

Já o bom desempenho do EBITDA, que até foi superior ao crescimento das vendas, "reflete  essencialmente os maiores níveis de atividade e os preços de consumo de cortiça, apesar dos resultados operacionais terem sido penalizados pelo referido efeito cambial desfavorável, pelo significativo aumento do preço de algumas matérias-primas não cortiça e pelo agravamento dos custos de transporte",ressalva a Corticeira Amorim.

 

Resultado: a maior empresa de produtos de cortiça do mundo consolidou mais 5,2 milhões de euros de lucros face aos 34,3 milhões obtidos na primeira metade do ano passado.

 

E sem levantar o pé do acelerador do investimento e remuneração dos acionistas, assim como os cortes na dívida remunerada líquida, que totalizava 53 milhões de euros no final de junho passado, menos 57 milhões em relação ao final do ano passado.

 

"Este foi o nível mais baixo da dívida remunerada líquida desde junho de 2017", realça a empresa.

 

Um valor que "já reflete o pagamento de dividendos (25 milhões de euros) e a aquisição da participação de 50% na Cold River’s Homestead, detentora de uma parte da chamada Herdade do Rio Frio (15 milhões de euros)", detalha a Corticeira Amorim, acrescentando que o mesmo "contempla também o aumento do investimento em ativo fixo (15 milhões de euros), a forte geração de fluxos de caixa e a evolução das necessidades de fundo de maneio (decréscimo de 38 milhões de euros)".

 


(Notícia atualizada às 16:48)

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