Notícia
Concorrência abre porta da cerâmica nacional à Lone Star
A norte-americana Lone Star recebeu luz verde para ficar com a Pigments I B.V., que actua através do Grupo Esmalglass, presente em Portugal.
A Autoridade da Concorrência deu luz verde à operação através da qual a Lone Star, compradora do Novo Banco, fica com uma posição numa empresa de produtos cerâmicos em Portugal, a Esmalglass.
"Em 31 de Agosto de 2017, o conselho de administração da Autoridade da Concorrência, no uso da competência que lhe é conferida pela alínea d) do n.º 1 do artigo 19.º dos Estatutos, aprovados pelo Decreto-Lei n.º 125/2014, de 18 de agosto, delibera adoptar uma decisão de não oposição à presente operação de concentração", anuncia o comunicado publicado no site oficial da entidade.
Segundo a autoridade presidida por Margarida Matos Rosa (na foto), a operação "não é susceptível de criar entraves significativos à concorrência efectiva nos mercados relevantes identificados".
O fundo de "private equity" Lone Star, que está em processo de aquisição do Novo Banco, teve autorização portuguesa para ficar com a Pigments I B.V, a sociedade-mãe de um grupo industrial internacional, cuja operação é desempenhada pelo Grupo Esmalglass. "Design, produção e comercialização de fritas, tintas esmaltadas, tintas digitais e cores cerâmicas" são as actividades desempenhadas.
Mas a operação é internacional: Espanha, Brasil, Vietname, Itália, Rússia, China, Indonésia, Índia e México são mercados que, tal como Portugal, contam com a presença do grupo sediado na comunidade autónoma de Valência. A Lone Star entra como accionista maioritário no grupo, substituindo a Investcorp, como anunciado em Julho.
Em Portugal, os americanos da Lone Star aguardam o fim da operação de recompra de dívida do Novo Banco, condição essencial para poder ficar com a instituição financeira.