A empresa estatal chinesa China National Chemical, designada de "ChemChina", deverá tornar-se brevemente na maior accionista da italiana Pirelli, num negócio que avalia a fabricante de pneus em 7,1 mil milhões de euros ao oferecer 15 euros por cada acção, avança o La Stampa.

A "ChemChina", através da China National Tire & Rubber, prepara-se para adquirir 26,2% da Pirelli, maioritariamente detida pelo fundo de investimentos italiano Camfin. De acordo com a BBC, depois de concretizada a primeira fase deste negócio, a "ChemChina" irá avançar com uma oferta pelo restante capital social da fabricante transalpina.

No entanto, de acordo com a Camfin, a empresa estatal chinesa não surge sozinha nesta oferta. O fundo detentor da Pirelli garante que a oferta da "ChemChina" é feita por um consórcio que inclui vários investidores, entre os quais o actual patrão da Pirelli, Marco Tronchetti Provera, os bancos transalpinos UniCredit e Intesa Sanpaolo e ainda a estatal russa Rosneft.

O CEO Tronchetti Provera, que trabalha na Pirelli desde 1986 depois de se ter casado com uma descendente de um dos fundadores da empresa, vai continuar a liderar a fabricante de pneus. "Representa uma grande oportunidade para a Pirelli", garante Provera para quem "a conjugação entre o negócio e a visão estratégica da China National Tire & Rubber garantem o desenvolvimento e a estabilidade da Pirelli".

Segundo pode ler-se no comunicado divulgado pela Pirelli e citado pelo La Stampa, tanto o centro de desenvolvimento como a sede da Pirelli "continuarão a situar-se em Itália".

Na sexta-feira passada, numa altura em que já se falava da concretização deste negócio, as acções da Pirelli encerraram a sessão bolsista nos 15,23 euros, um máximo de 25 anos. Na sessão desta segunda-feira, os títulos da empresa italiana seguem a apreciar 1,84% para 15,51 euros.