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Cenfim escolhe Lispolis para sediar investimento de 10 milhões na capital
O Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica adquiriu um lote de 1.500 metros quadrados no polo tecnológico para edificar o empreendimento que irá albergar os serviços e capacidades do núcleo de Lisboa, atualmente dispersos por três locais da cidade.

Há já muitos anos que as instalações que acomodam a sede, serviços centrais e núcleo de Lisboa do Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (Cenfim) registam "um manifesto grau de insuficiência, quantitativo e quantitativo", como o próprio admite.
Com as instalações na capital a dividirem-se por quatro locais distintos, "com óbvios constrangimentos funcionais" para o exercício da sua atividade, o Cenfim avançou, finalmente, com o projeto de construção de um edifício único, integrando todos os serviços centrais e núcleo de Lisboa, tendo escolhido a Lispolis para sediar o empreendimento.
"Com o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o Cenfim irá, até junho de 2026, edificar 4.500 novos metros quadrados na Lispolis – Polo Tecnológico de Lisboa, a fim de dar continuidade, de forma reforçada, à formação de talento qualificado e impulsionar a investigação aplicada", revela a Lispolis, em comunicado.
"Escolhemos estrategicamente a Lispolis para a nossa expansão, uma vez que este ecossistema oferece-nos um local dinâmico e colaborativo, adaptado às nossas necessidades, e a possibilidade de interagir com outros agentes do setor tecnológico e industrial", explica Manuel Grilo, diretor do Cenfim, realçando que "este passo" vai permitir à instituição que lidera reforçar a sua capacidade "de resposta às exigências do mercado, mediante a formação de profissionais altamente qualificados para as indústrias do futuro".
O primeiro edifício energeticamente neutro a ser instalado na Lispolis
O Cenfim adquiriu um lote de 1.500 metros quadrados para edificar o empreendimento, que "será o primeiro energeticamente neutro a ser instalado no parque tecnológico", realça a Lispolis.
Localizado em 14 regiões distintas em Portugal, as novas instalações do Cenfim em Lisboa, num investimento estimado em aproximadamente 10 milhões de euros, permitirão albergar todos os serviços e capacidades do núcleo de formação, atualmente disperso por três instalações em Lisboa.
Neste novo edifício na Lispolis serão instaladas três oficinas para formação tecnológica (soldadura, serralharia mecânica e tecnologias de produção assistidas por computador), quatro laboratórios (metrologia, eletricidade e eletrónica, automação, mecatrónica e robótica, refrigeração, climatização e energias renováveis) e cerca de uma dezena de salas de aulas para formação geral e informática.
"O edifício do Cenfim está a ser projetado para alcançar a classificação de nZEB (Near Zero Energy Building), ou seja, um edifício com necessidades energéticas quase nulas. Este compromisso com a eficiência energética e a sustentabilidade representa um desafio significativo, exigindo um planeamento rigoroso e soluções inovadoras como também assume um papel ativo na transição energética, promovendo um modelo de edificação mais eficiente e ambientalmente responsável", enfatiza o diretor do Cenfim.
Já a Lispolis sublinha que a instalação de laboratórios neste polo tecnológico permite às empresas e instituições de I&D criar infraestruturas próprias dedicadas à realização de investigação e desenvolvimento de produtos ou serviços.
"Além dos laboratórios já instalados, como o Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa, a SGS Portugal, a ASAE, a Ophiomics e a Cognitech, que albergam variadas áreas de especialização, desde saúde e biologia até robótica", elenca.
"Existe ainda um segmento emergente de laboratório destinado a testes de UX (‘user experience’) para aplicações móveis e softwares representado, neste caso, pela Tangível", destaca.
Já há mais de 140 empresas instaladas no Polo Tecnológico de Lisboa
A Lispolis tem 35 mil metros quadrados distribuídos em nove lotes disponíveis para empresas tecnológicas que queiram nascer ou expandir no "hub", juntando-se às mais de 140 empresas já presentes polo.
De resto, com espaço para albergar mais de três mil lugares de trabalho, a Lispolis viu a sua capacidade instalada dos edifícios que gere "esgotada no ano de 2024 com a inserção de 15 novas empresas, tornando-se a opção de construção uma alternativa viável a quem quer instalar aqui a sua empresa", enaltece.
"O nosso objetivo é continuar a criar um ‘hub’ onde as empresas possam desenvolver-se de forma sustentável, com soluções adaptadas às suas necessidades", conclui António Cardoso Pereira, CEO da Lispolis, apontando que "o modelo de construção própria em lotes e a possibilidade de instalação de laboratórios são exemplos claros" da sua "aposta na flexibilidade e na inovação".
"E do nosso contributo para a evolução da economia, do talento que tanta falta faz, e do conhecimento em Portugal", remata António Cardoso Pereira.
A Lispolis foi há um mês reconhecida pelo ranking Europe’s Leading Startup Hubs, do jornal britânico Financial Times, como um dos principais ‘hubs’ de empresas e tecnologia de Portugal.