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Celbi investe 40 milhões em processo industrial inovador

O projecto da empresa do grupo Altri prevê um acréscimo das compras a empresas nacionais, um aumento das vendas e das exportações, assim como dos postos de trabalho.

A Altri propôs um novo dividendos de 25 cêntimos por acção, o que equivale a 6,72% do valor dos títulos. No final de 2015, a empresa também já havia premiado os accionistas com uma remuneração do mesmo valor.
Miguel Baltazar
Negócios 26 de Dezembro de 2016 às 12:14
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A Celulose Beira Industrial (Celbi), que integra o grupo Altri, vai investir cerca de 40 milhões de euros no concelho da Figueira para alterar o processo global de produção, introduzindo inovações ao nível internacional.

Esta segunda-feira, 26 de Dezembro, foi publicado em Diário da República o despacho do Governo que aprova a minuta do contrato de investimento a celebrar pela AICEP, em representação do Estado Português, a Celbi e a Altri, liderada por Paulo Fernandes e João Borges de Oliveira.

Segundo é explicado, os investimentos em causa "visam a intervenção nas etapas de descasque e destroçamento de madeira e de lavagem e branqueamento, possibilitando uma total transformação destas actividades que condicionam todas as etapas subsequentes do processo, garantindo a obtenção das condições adequadas para produzir novos tipos de pasta de papel".

As novas tecnologias que passam a ser utilizadas no processo de produção, refere ainda o despacho datado de 24 de Novembro e assinado pelo ministro da Economia e do secretário de Estado da Internacionalização, "correspondem ao estado da arte, permitindo dotar a Celbi da maior unidade do mundo para descasque de rolaria de eucalipto"

O projecto permitirá ganhos operacionais, os quais se traduzem "numa racionalização significativa de alguns custos directos de produção e potenciam um conjunto de vantagens competitivas determinantes para a performance futura da empresa e para a afirmação do seu posicionamento internacional".

A Celbi vai tornar-se a única detentora em Portugal, e na Europa, deste processo industrial, "integrando-se num muito restrito grupo de empresas, a nível mundial, detentoras destas tecnologias e desta dimensão de processo".

O Governo sublinha ainda que o projecto tem impacto significativo nas actividades a montante e jusante da cadeia de valor, essencialmente nas PME, contribuindo para o desenvolvimento das relações do grupo com um conjunto de empresas fornecedoras de matérias-primas, produtos químicos, materiais e outros equipamentos, bem como, de empresas prestadoras de serviços de transporte e de assistência técnica, muitas delas localizadas na área da empresa.

Como é referido, está previsto um acréscimo das compras e subcontratação de serviços a empresas nacionais superior a 12 milhões de euros quando comparado com o ano pré-projecto (2014).

Em 2020, as compras e os fornecimentos e serviços externos (FSE) efectuadas em território nacional deverão ascender aos 260 milhões de euros, correspondentes a mais de 87% do total das compras e FSE da empresa.

Com o projecto da Celbi estima-se que "entre o ano pré-projecto (2014) e o ano pós-projecto (2019) se verifique um aumento do valor global de exportações de 287 milhões de euros para 317 milhões de euros, representando perto de 80% do volume de negócios total" da empresa.

O investimento vai assegurar a manutenção de mais de 200 postos de trabalho e contribui para a criação líquida de novos postos, correspondentes a emprego altamente qualificado. A empresa passará de 65 postos de trabalho com qualificação superior em 2014 para 72 em 2019. A Celbi estima ainda que a sua actividade conduza a cerca de 110 novos postos de trabalho indirectos.

O grupo prevê ainda alcançar em 2025 um volume de vendas de pasta de papel de cerca de 7,5 milhões de toneladas, e um valor acrescentado bruto de cerca de 958,5 milhões de euros, ambos acumulados desde 1 de Janeiro de 2016.

O Governo considera que o projecto "reúne as condições necessárias à concessão de incentivos financeiros previstos para os grandes projectos de investimento".

O projecto da Celbi foi um dos contratos de investimento que Governo aprovou em Conselho de Ministros a 15 de Dezembro.

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