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Bosch investe 26,2 milhões na expansão da fábrica de Aveiro
O aumento de capacidade da unidade fabril visa a produção de uma gama inovadora de esquentadores e prevê criar 230 postos de trabalho directos e indirectos, 85 dos quais altamente qualificados.
A industrial alemã Bosch vai investir 26,2 milhões de euros no aumento da capacidade de produção da sua fábrica de esquentadores, caldeiras e bombas de calor em Aveiro, para criar 230 postos de trabalho directos e indirectos.
O objectivo é produzir e colocar no mercado uma nova gama de esquentadores mais eficientes e únicos no mercado internacional, lê-se no despacho do ministro da Economia e do secretário de Estado da Internacionalização, assinado a 30 de Novembro e publicado esta terça-feira, 13 de Dezembro, em Diário da República.
O investimento será realizado através da Bosch Termotecnologia e vai receber incentivos financeiros previstos para os grandes projectos, concedidos no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020).
O despacho é, contudo, omisso em relação ao valor dos incentivos atribuídos, que são objecto de contrato com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse ao Negócios que, "por norma, as cláusulas dos contratos de investimento celebrados pela AICEP, E. P. E., não são divulgadas" devido à "necessidade de respeitar a entidade co-contratante e às premissas relativas às questões da concorrência", não sendo os contratos em causa "sujeitos a publicação obrigatória."
No primeiro ano após a conclusão do investimento, em 2020, a empresa espera estar a facturar 271 milhões de euros e criar 110 novos postos de trabalho directos (85 dos quais altamente qualificados) e 120 empregos indirectos junto dos fornecedores nacionais da Bosch.
Entre 2015 e 2020 a fábrica deverá gerar 3.000 milhões de euros em vendas e prestação de serviços e 718,3 milhões de euros em valor acrescentado bruto. De 2014 a 2020 as exportações aumentarão em 41 milhões de euros, para um total de 223 milhões, passando a intensidade das vendas ao exterior para cerca de 82%.
O documento refere ainda que a incorporação de componentes provenientes de fornecedores nacionais aumentará 61%, de 46 para 74 milhões de euros.
No final de Novembro o Negócios noticiou que o grupo Bosch estava em negociações com a Alemanha para a expansão significativa da capacidade de produção, envolvendo as fábricas de Braga, Aveiro e Ovar.
(Notícia actualizada às 10:32 de 14 de Dezembro, com esclarecimentos do Ministério dos Negócios Estrangeiros)