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Adidas termina parceria com Kanye West após comentários antissemitas
A empresa antecipa perdas de 250 milhões de dólares com o fim do negócio, mas diz que comentários antissemitas do "rapper" foram "inaceitáveis".
A Adidas pôs um ponto final à parceria com o artista Kanye West - agora conhecido como Ye - devido aos comportamentos considerados ofensivos do "rapper" e estilista norte-americano.
O divórcio entre a marca desportiva e o artista foi confirmado pela empresa, que, em comunicado, afirmou que "não tolera antissemitismo ou qualquer tipo de de discurso de ódio".
"Os recentes comentários e ações de Ye foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça", pode ler-se.
A Adidas diz, então, ter decidido "terminar a parceria com Ye imediatamente, acabar com o fabrico de produtos da marca Yeezy e parar todos os pagamentos ao Ye e às suas empresas". "A Adidas vai parar o negócio Yeezy com efeito imediato", sublinha a empresa.
A marca espera um impacto negativo a curto prazo que pode chegar aos 250 milhões de dólares sobre os lucros de 2022.
Ye causou polémica quando, durante a semana da moda em Paris, utilizou uma camisola com a expressão "White Lives Matter". Mais tarde o artista foi bloqueado no Twitter e Instagram depois de ter feito publicações antissemitas. Em reação, vários consumidores e celebridades pediram um boicote à Adidas.
A linha Yeezy representa 8% do total de vendas da marca, segundo estimativas citadas pela Bloomberg.
A relação entre o "rapper" e a marca já tinha sido marcada por tensão. Ye acusou a Adidas de copiar ideias e de gerir mal a marca. Em setembro, afirmou que ia negociar com a empresa alemã para conseguir "royallities" sobre 20% de todas as vendas destes modelos, perpetuamente.