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Actividade da indústria britânica atingiu máximo de dez meses em Agosto

O índice que mede a actividade das fábricas do Reino Unido cresceu em Agosto, dois meses após o Brexit, quando os economistas antecipavam que continuasse abaixo dos 50 pontos, um nível que indica contracção.

Reuters
01 de Setembro de 2016 às 10:55
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A actividade das fábricas do Reino Unido atingiu um máximo de dez meses, em Agosto, com a queda da libra a beneficiar as empresas exportadoras, depois do referendo sobre o Brexit.

O índice PMI para a indústria, da IHS Markit, subiu para 53,3 pontos, em Agosto, depois de ter baixado a barreira dos 50 pontos (que traça a fronteira entre contracção e expansão) no mês de Julho.

A evolução da actividade da indústria foi mais positiva do que era esperado, já que os economistas antecipavam uma leitura de 49 pontos, que a colocaria em contracção - como acontece nos valores abaixo de 50.

Segundo a Markit, a subida foi impulsionada pelo crescimento das novas encomendas, que beneficiaram da descida da libra britânica, "de longe o principal motor" da melhoria das exportações.

"As empresas relataram que o trabalho que tinha sido adiado no mês de Julho já foi reiniciado, com os fabricantes e os seus clientes a começarem a recuperar um sentido de regresso à normalidade", afirma Rob Dobson, economista da Markit, citado pela Bloomberg.

Inicialmente, o resultado do referendo sobre o Brexit deprimiu os índices de confiança e de produção, levando o Banco de Inglaterra a reforçar os estímulos à economia logo no mês seguinte. Desde então, estes índices recuperaram parcialmente, embora persista a incerteza sobre a forma como o Reino Unido vai sair da União Europeia.

A primeira-ministra Theresa May já garantiu que não vai tentar manter o Reino Unido na UE pela "porta dos fundos". Numa reunião do Conselho de Ministros esta quarta-feira, reiterou que "Brexit significa Brexit" e que o Governo vai cumprir a vontade dos eleitores.

A libra britânica sobe 0,78% para 1,3240 dólares. Desde o referendo de 23 de Junho, acumula uma desvalorização de 11% face à divisa norte-americana. 

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