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Venda de casas a estrangeiros cai 20% em Lisboa

No primeiro semestre deste ano, foram efetuadas 770 transações na Área de Reabilitação Urbana de Lisboa (ARU) por estrangeiros no total de 442,9 milhões de euros, segundo os dados da Confidencial Imobiliário. Estrela e Arroios foram as freguesias mais procuradas.

O novo regime vai ser reavaliado dentro de dois anos, mas o objetivo é retirar pressão sobre o mercado imobiliário.
João Cortesão
14 de Novembro de 2023 às 15:30
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A venda de habitação a compradores internacionais na  Área de Reabilitação Urbana de Lisboa (ARU) recuou quase 20% no primeiro semestre deste ano. De acordo com os dados da Confidencial Imobiliário, foram concretizadas 770 transações, perfazendo 442,9 milhões de euros, um valor 18% inferior ao alcançado em igual período do ano passado.


No total, as compras foram concretizadas por investidores oriundos de 58 diferentes países, segundo os mesmos dados calculados com base nos elementos de direitos de preferência reportados pela Câmara Municipal de Lisboa. A ARU de Lisboa abrange todas as freguesias da cidade à exceção de Santa Clara, Lumiar e Parque das Nações.


Os franceses e os norte-americanos são as nacionalidades que mais se destacam, gerando cada um 10% do número de imóveis adquiridos por internacionais. Seguem-se os britânicos, com uma quota de 6%, chineses (5%), brasileiros e italianos (3% cada).


Porém, a tendência de quebra na compra de habitação na ARU de Lisboa não se sentiu apenas entre os compradores estrangeiros, observou-se igualmente entre os portugueses. 


"No primeiro  semestre, os compradores nacionais adquiriram 1.630 imóveis residenciais neste território, no total de 673,1 milhões, traduzindo quebras semestrais de 22% e 13%, respetivamente", segundo o comunicado emitido esta terça-feira.


No total, na ARU de Lisboa foram transacionados 3.150 imóveis residenciais no valor de 1.578 milhões. Os particulares adquiriram 76% dos imóveis e geraram 71% do montante investido. Entre estes, os estrangeiros geraram 24% compras em número de imóveis e 28% em capital, lê-se no mesmo comunicado.


Os portugueses, asseguraram 52% do número de imóveis e 43% do montante. As restantes quotas (de 24% em imóveis e 29% em montante) são respeitantes a aquisições realizadas por empresas, para as quais não está segmentada a nacionalidade, detalha a Confidencial Imobiliário, que aproveita para sublinhar que apenas o perfil de comprador particular permite segmentar a origem do investimento por nacionalidade. 


Em termos geográficos, o interesse dos estrangeiros por freguesias fora do centro histórico da capital tem aumentado. As zonas onde o número de transações internacionais mais cresceu foram territórios precisamente mais afastados, como são os, casos de Benfica e São Domingos de Benfica, Campolide, bem como Alcântara, Areeiro e Alvalade. 


"Sem prejuízo de continuarem a agregar entre 1% a 2% das compras internacionais, a maioria destas freguesias registaram crescimentos semestrais superiores a 50%", explica a Confidencial Imobiliário. Mas as freguesias que somaram o maior número de compras de estrangeiros foram a Estrela e Arroios - com quotas de 13%, cerca de 100 unidades) - tendo superando Santa Maria Maior, Misericórdia e Santo António, com cerca de 80 operações cada (quotas de 10%).

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