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Taxa de esfoço para comprar ou arrendar casa volta a subir

O Portal Idealista analisou 20 capitais de distrito e concluiu que, em média, comprar casa em Portugal exige 70% dos rendimentos e que só em seis dessas cidades é possível respeitar os 33% de taxa de esforço recomendados pelo Banco de Portugal. No arrendamento a taxa de esforço média é de 82%.

Alexandre Azevedo
23 de Julho de 2024 às 11:27
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A percentagem do rendimento familiar necessária para enfrentar a compra ou o arrendamento de uma habitação aumentou no último ano na maior parte das capitais de distrito portuguesas. Em média, o esforço exigido para arrendar uma casa aumentou 5 pontos percentuais (p.p.), passando de 77% no segundo trimestre de 2023 para 82% no segundo trimestre de 2024. Já na compra de casa, a taxa de esforço nacional aumentou 4 p.p., passando de 66% para 70% em junho deste ano.


A análise é do portal imobiliário Idealista, que só em seis capitais de distrito é possível comprar casa com uma taxa de esforço inferior à recomendada pelo Banco de Portugal, de 33%.


No que toca ao arrendamento, das 20 cidades analisadas, foi em Portalegre que a taxa de esforço mais cresceu, passando de 30% no segundo trimestre de 2023 para 40% no mesmo período de 2024. Ponta Delgada (mais 9 p.p.), Vila Real (mais 8 p.p), Setúbal (mais 8 p.p.), Viana do Castelo (mais 8 p.p.) e Santarém (mais 7 p.p.) também se destacam. 


Em Lisboa e Porto os aumentos foram de, respetivamente 2 p.p. e 1p.p., mas a capital continua a ser a cidade que requer o maior esforço, por parte das famílias para arrendar um imóvel - são precisos 86% dos seus rendimentos, assinala o Idealista. No Funchal a percentagem é idêntica. Guarda, Castelo Branco, Vila Real, Bragança e Portalegre são onde a renda da casa pesa menos no total de rendimentos das famílias. 


Na compra de casa o panorama não é melhor. Pelas contas do Idealista, verificou-se um aumento da taxa de esforço em 12 capitais de distrito, entre as 20 analisadas. 


O Funchal liderou, com o maior aumento na taxa de esforço, de 96% a 108%, mais 12 p.p. Seguiram-se Leiria (11 p.p.), Bragança (8 p.p.), Lisboa (7 p.p.), Portalegre (7 p.p.) e Ponta Delgada (7 p.p.).  As cidades onde a taxa menos cresceu entre estes dois momentos foram Braga (6 p.p.), Viseu (4 p.p.), Setúbal (4 p.p.), Beja (2 p.p.), Faro (2 p.p.) e Castelo Branco (1 p.p.).

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