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Preços das casas continuam a crescer, mas a um ritmo cada vez mais lento

Os preços das casas aumentaram 5,2% no primeiro trimestre de 2021, valor que representa um forte abrandamento face à taxa que tinha sido registada em igual período do ano passado.

São comuns os casos de divórcio em que um dos cônjuges fica a viver na habitação da família.
iStockphoto
23 de Junho de 2021 às 11:04
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Os preços das casas voltaram a aumentar no arranque deste ano, mas o ritmo de crescimento é cada vez mais lento. Os dados foram divulgados esta quarta-feira, 23 de junho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta de que os preços das casas aumentaram 5,2% no primeiro trimestre de 2021, valor que representa cerca de metade da taxa que tinha sido registada em igual período do ano passado.

Os dados do mais recente índice de preços da habitação, relativos ao primeiro trimestre deste ano, revelam já uma recuperação face a igual período do ano passado (altura em que a pandemia chegou a Portugal), tanto no que diz respeito ao número de casas vendidas como em relação ao valor total transacionado.

Ao todo, de acordo com o INE, foram transacionadas 43.757 casas no primeiro trimestre de 2021, número que representa um aumento de 0,5% face ao mesmo período do ano passado. Este já começa, também, a aproximar-se dos níveis de 2019, o último ano antes da chegada da pandemia. Face ao primeiro trimestre de 2019, o número de casas vendidas no arranque deste ano caiu apenas 0,16%.

As vendas registadas no primeiro trimestre foram concretizadas por um valor total de 6.927 milhões de euros, mais 2,5% do que era registado há um ano. Considerando o número de casas vendidas e o valor total transacionado, o preço médio de cada venda foi, assim, de 158,3 mil euros, o que representa uma subida de 2% face ao primeiro trimestre de 2020, quando o preço médio das casas era de 155 mil euros.

Na análise por meses, o número de transações e o valor transacionado caíram 8% em janeiro, enquanto em fevereiro se registaram quedas de 14% e 8,5%, respetivamente, no número de vendas e no volume transacionado. "Recorde-se que nestes dois meses foram introduzidas restrições à mobilidade com o agravamento da pandemia e que comparam com dois meses de 2020 em que a pandemia estava apenas a iniciar o seu efeito", nota o INE.

Assim, o crescimento dos preços no primeiro trimestre fica a dever-se apenas ao mês de março, quando o número de vendas e o valor total transacionado aumentaram 27,5%, "refletindo em grande medida um efeito de base devido à comparação incidir sobre março de 2020, mês já fortemente afetado pela pandemia Covid-19".
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