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Preço mediano de casas vendidas sobe 17% no primeiro trimestre
Em causa está o valor das vendas apurado com base em dados fiscais relativos ao IMT. INE destaca que a subida homóloga foi menos expressiva em Lisboa do que no resto do país.
O preço mediano dos alojamentos familiares em Portugal foi de 1.545 euros por metro quadrado nos primeiros três meses do ano, em termos homólogos, o que corresponde a uma subida de 17,2%, acelerando face ao trimestre anterior (14,1%).
Os dados foram revelados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que explica que em 22 das 25 subregiões consideradas pelo INE (a nível das NUTS III) o preço subiu.
Os dados apurados com recurso à informação fiscal sobre o IMT confirmam que os compradores que não residem em Portugal apostam em preços mais elevados.
Assim, as duas sub-regiões com preços medianos da habituação mais altos – Algarve e Lisboa – foram também as que apresentaram valores mais elevados tanto quando o comprador é nacional como quando tem o domicílio fiscal no estrangeiro (chegando no caso de Lisboa aos 3.553 euros por metro quadrado).
"Os valores publicados referem-se à mediana (valor que separa em duas partes iguais o conjunto ordenado de preços por metro quadrado) dos preços de alojamentos familiares (€/m) transacionados", explica o INE. Os dados podem ser consultados em maior detalhe aqui.
O INE atualizou ainda a plataforma interativa ‘Preços da Habitação nas cidades’ (compatível com dispositivos móveis) que permite consultar os preços medianos de venda de alojamentos familiares "ao nível da secção estatística e quadrícula 500m x 500m", nas cidades com mais de 100 mil habitantes: Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Amadora, Braga, Funchal e Coimbra.
Preços das rendas nas regiões de Lisboa e Porto estarão sobrevalorizados
O INE também compara o valores das vendas com os das rendas, e da análise conclui que os preços das rendas nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto estão sobreavaliados.
Existe uma "aparente sobrevalorização dos valores de arrendamento, face aos valores dos preços da habitação, na maioria dos municípios da área metropolitana de Lisboa - salientando-se a exceção do município de Lisboa –, na maioria dos municípios da área metropolitana do Porto e, de uma forma geral nos municípios com mais de 100 mil habitantes".
Notícia atualizada com mais informação às 12:32