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Preço das casas com aumento recorde. Vendas em máximos
O primeiro trimestre foi o melhor de sempre para o mercado imobiliário, com os preços a atingirem a maior subida desde o que o INE recolhe estes dados e as vendas também em máximos.
O primeiro trimestre foi o melhor de sempre para o mercado imobiliário, com os preços a atingirem a maior subida desde o que o INE recolhe estes dados e as vendas também em máximos.
Os preços das habitações em Portugal aumentaram 7,9% no primeiro trimestre, período em que foram vendidas 35.178 casas.
Ambos os valores são os mais elevados desde que o INE começou a recolher estes dados (em 2009), o que sinaliza o forte dinamismo do mercado imobiliário em Portugal, que recupera fortemente dos períodos de quebra durante a recessão da economia no período de ajustamento.
O crescimento de 7,9% no Índice de Preços da Habitação (IPHab) compara com o aumento homólogo de 7,6% registado nos dois trimestres anteriores, já marcados por um forte aumento dos preços. Na comparação com o último trimestre de 2016, os preços aumentaram 2,1%, sendo já o oitavo trimestre consecutivo de aumentos em cadeia nos preços.
Nas habitações já existentes, o aumento de preços foi de 9,2% (igual ao do trimestre anterior), enquanto nas casas novas a subida foi de 4,2%, a mais elevada desde o primeiro trimestre de 2016.
"A aceleração dos preços no primeiro trimestre de 2017 foi inteiramente devida ao mercado dos alojamentos existentes (2,5% face a 1,2% no quarto trimestre de 2016), visto que o aumento de 0,8% dos preços dos alojamentos novos foi inferior em 0,2 pontos percentuais ao observado no trimestre transacto", refere o INE.
Vendas recorde
A forte subida dos preços das casas reflecte sobretudo o aumento da procura, numa altura em que a economia portuguesa está a recuperar, tendo no primeiro trimestre conseguido a taxa de crescimento mais forte em 10 anos (2,8%).
De acordo com o INE, nos primeiros três meses de 2017 foram transaccionadas 35.178 habitações, o que representa o valor mais elevado de sempre num trimestre e equivale a um aumento homólogo de 19,4%.
Desde que o INE publica estes dados, nunca tinham sido vendidas mais de 35 mil habitações num só trimestre. O dinamismo do mercado imobiliário é bem mais evidente nas casas em segunda-mão, onde o crescimento foi de 23,2% para recorde. As vendas de casas novas subiram 2,9% para máximos desde o quarto trimestre de 2015.
Tendo em conta o valor das vendas de casas, as variações são ainda mais acentuadas, pois espelham o aumento dos preços e do número de casas vendidas.
As transacções de alojamentos familiares aumentaram 25,9% em termos homólogos, para 4,3 mil milhões de euros, "mais 265 milhões euros que o anterior máximo registado no trimestre precedente", refere o INE. Em termos homólogos, o valor das vendas de alojamentos existentes e de alojamentos novos aumentou 32,6% e 6,4%, respectivamente. As vendas de casas em segunda-mão continuam a representar a grande fatia do mercado, tendo movimentado 3,4 mil milhões de euros no primeiro trimestre.
Na análise regional, o INE destaca que a Área Metropolitana de Lisboa, com um total 12.381 transacções (35,2% do total), registou o maior número de vendas, enquanto o Norte, região que representou 29,1% do número total de vendas de alojamentos, ultrapassou as dez mil transacções, o que não acontecia desde o segundo trimestre de 2010.