O valor médio a que os bancos avaliam as casas para concederem crédito à habitação está mais alto em Oeiras e em Cascais do que em Lisboa, mostram os dados revelados recentemente pelo INE e que estão disponíveis no mapa em cima.
Esta inversão acontece pela primeira vez desde que o Instituto Nacional de Estatística (INE) publica estes dados, tal como o Negócios já noticiou a 10 de janeiro. E o mesmo pode vir a acontecer noutras zonas periféricas da capital: a diferença de preços entre as casas no centro de Lisboa e aquelas que estão em zonas como Amadora, Loures ou Odivelas é cada vez menor.
Ao contrário de Lisboa, no Porto, a discrepância de preços entre o centro e a periferia é cada vez maior. Em novembro, a avaliação bancária no Porto fixou-se em 1.901 euros por metro quadrado, valor que representa uma quebra de 0,3% em relação a outubro, mas que, ainda assim, fica acima de qualquer um registado nas zonas periféricas que são analisadas pelo INE.
A média da avaliação bancária na habitação em Portugal fixou-se, em novembro, nos 1.312 euros por metro quadrado, um número que supera o do mês anterior e marca um novo máximo desde, pelo menos, janeiro de 2011, o mês a que recuam os registos publicados pelo Instituto Nacional de Estatística.
Em comparação com o registo de outubro, o valor da avaliação aumentou 0,6%. Já em relação ao mesmo mês do ano passado, a subida é de 8%.
A impulsionar os valores atribuídos pelos bancos à habitação esteve a região do Algarve, onde existiu uma subida de 10,3% no conjunto das casas. No centro houve o aumento mais modesto, de 5,3%.