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Imobiliário com “pessimismo generalizado” para 2023, aponta a Cushman & Wakefield

O mercado imobiliário está a atravessar um “momento muito estranho” com um “sentimento esquizofrénico”. 2022 é “o melhor dos últimos anos com o mercado a bater vários recordes”, mas existe “receio do que aí vem”, com investidores já a adiar decisões de negócios, diz Eric van Leuven, executive partner da Cushman & Wakefield em Portugal.

Pedro Catarino
18 de Outubro de 2022 às 15:12
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Apesar de este ano o mercado imobiliário estar a bater recordes nos vários segmentos – sobretudo nos escritórios, logística e na hotelaria – em 2023 a procura e o investimento podem vir a abrandar e a perspetiva é de "pessimismo generalizado".


Esta é a previsão de Eric van Leuven, executive partner da Cushman & Wakefield em Portugal, que, sem arriscar um número exato para o abrandamento do investimento, diz que o mercado imobiliário está a atravessar um "momento muito estranho" com um "sentimento esquizofrénico". Isto porque, 2022 é "o melhor dos últimos anos com o mercado a bater vários recordes", mas existe "receio do que aí vem", com investidores já a adiar decisões de negócios.


"A maneira como se está a desenvolver a guerra é extremamente preocupante e afeta o investidor", sublinha Eric van Leuven.  


No total, até setembro deste ano, o investimento institucional no mercado imobiliário atingiu os 1.656 milhões de euros através de 39 operações concluídas, com o volume de negócios a ficar 27% acima dos valores de 2021, revela o 39.º estudo Marketbeat , que faz uma análise do mercado apontando para previsões até ao final deste ano, realizado pela Cushman & Wakefield, uma das maiores promotoras a operar no país.


No entanto, para 2023, a perspetiva de investimento - que conta com 74% de capital estrangeiro – aponta para um "pessimismo generalizado" transversal a todos os segmentos do ramo imobiliário, tendo em conta a subida "significativa" das taxas de juro e o aumento dos custos de construção, aponta o estudo.  


Cada vez mais os investidores vão assumir uma postura "wait & see" para perceber "qual vai ser o nível de preços do ‘novo normal’ antes de voltar a fazer aquisições de forma sistemática", o que levará a uma correção de preços, refere ainda o estudo com as previsões de Paulo Sarmento e de David Lopes, partners da Cushman & Wakefield. Perspetivas que Eric van Leuven explica que têm como base alguns pressupostos, entre os quais que o "cenário de guerra não se torne nuclear" e que "o preço do petróleo continue a subir".


Do total do investimento institucional realizado este ano, o segmento de escritórios colheu 37% do volume de negócios, a logística 32% e a hotelaria 15%. Os investimentos alternativos, onde cabem os negócios na área da saúde, por exemplo, representam 13% e, por fim, o retalho 3%.

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