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Ikea vê cidades do futuro com mais áreas partilhadas

A Ikea embarcou num projeto para ajudar a resolver os desafios de cidades confrontadas com a crescente urbanização, envelhecimento da população, aumento dos preços de moradias e falta de recursos naturais.

Reuters
15 de Junho de 2019 às 09:30
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Num futuro urbano com muita gente, cozinhas, corredores e refeitórios serão partilhados por várias famílias, os móveis serão robóticos e os armários poderão ser reduzidos quando não estiverem a ser usados.

 

Essa é a visão da Ikea, maior retalhista mundial de móveis, sobre como abrigar e mobilar um mundo cada vez mais urbano e com mais habitantes apresentada durante o evento "Jornadas de Design Democrático" realizado na Suécia.

 

A Ikea, juntamente com a promotora imobiliária Ikano Bostad e o laboratório de design Space10, embarcou num projeto para ajudar a resolver os desafios de cidades confrontadas com a crescente urbanização, envelhecimento da população, aumento dos preços de moradias e falta de recursos naturais.

 

"Vamos ter de partilhar muito mais no futuro", disse Evamaria Ronnegard, líder de desenvolvimento do Ikea, numa entrevista por telefone, destacando que 70% da população mundial vai querer morar nas cidades até 2050.

 

O tamanho das residências pode variar de unidades para duas famílias a grandes complexos semelhantes a hotéis, com centenas de quartos, dependendo da necessidade e das preferências culturais. A responsabilidade e administração das instalações teriam de ser incorporadas ao projeto para evitar atritos desnecessários em torno de assuntos como limpeza, disse Ronnegard.

 

Os complexos residenciais podem incluir cozinhas, refeitórios e locais para atividades físicas e lúdicas. Quartos, casas de banho e armários ainda ficariam separados, já que estudos mostram que as pessoas estão menos dispostas a partilhar estes espaços, segundo Ronnegard.

 

A Ikea vê o projeto como uma forma para estimular novas ideias para o lar, como frigoríficos mais modulares que podem ser adaptados para certos alimentos ou móveis robóticos que economizem espaço em salas pequenas.

 

Juntamente com a start-up Ori, de Boston, a Ikea planeia lançar um armazenamento robótico - armários que podem ser reduzidos quando não estiverem em uso - em Hong Kong e no Japão em 2020. A retalhista está a desenvolver tecnologias semelhantes com a BumblebeeSpaces, uma start-up com sede em São Francisco, que usa o teto para armazenar móveis.

 

Ainda assim, a vida comunitária pode não ser para todos.

 

"Em algumas culturas, as pessoas estão muito abertas a partilhar e viver em grandes constelações familiares, enquanto nós, aqui na Suécia, estamos acostumados a ter nossa própria esfera privada", disse Ronnegard.

 

(Texto original: Ikea Shares Glimpse of a Very Different Future in Crowded Cities)

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