Notícia
Fundo de Israel compra centro comercial da CGD em Braga
O centro comercial Nova Arcada (antigo Dolce Vita), em Braga, vai continuar a ser gerido pela Sonae Sierra.
O fundo MDSR Investments, de Israel, realizou a primeira aquisição no mercado português, com a compra do centro comercial em Braga à Caixa Geral de Depósitos.
A operação foi anunciada pela Sonae Sierra, que vai continuar a gerir o Nova Arcada, o que já acontece desde 2012, quando este centro comercial passou para as mãos do banco do Estado depois da insolvência da imobiliária Chamartín.
O valor do negócio não foi revelado. No comunicado enviado às redações pela Sonae Sierra, o CEO do MDRS Investments diz que o fundo de Israel estava atento ao mercado português "há algum tempo, pois acreditamos que ainda está cheio de oportunidades".
"Com a aquisição da Nova Arcada, concluímos um dos nossos objetivos de entrar no mercado com um ativo de primeira. O centro comercial Nova Arcada é um centro moderno, com grandes e reconhecidas lojas âncora e ainda com um imenso potencial de crescimento", Ran Shtarkman, que também é co-fundador deste fundo.
O Nova Arcada, que antes tinha a denominação Dolce Vita Braga, tem 71.319 m2 de Área Bruta Locável (ABL), integrando 108 lojas, incluindo uma IKEA e uma unidade hospitalar. Este centro comercial foi parar às mãos da CGD devido à insolvência dos antigos proprietários, a espanhola Chamartín.
A Cushman & Wakefield, que atuou em nome da CGD neste negócio, diz em comunicado que o banco do Estado "fez um extraordinário trabalho de gestão do centro posicionando-o como um novo destino de compras no Norte de Portugal, e estamos confiantes de que com a larga experiencia da MDSR o Nova Arcada continuará a ter sucesso".
Já Francisco Sottomayor, diretor do Negócio Imobiliário da Caixa Geral de Depósitos, diz que o banco "recebeu o imóvel ainda durante a sua fase de construção, investiu para que este fosse concluído e contratou para a gestão o Sonae Sierra, o que permitiu a consolidação da valorização do ativo".
Segundo a Sonae, este centro recebe anualmente mais de 6 milhões de visitas e tem uma taxa de ocupação superior a 95%, tendo registado um aumento de vendas da ordem dos 11% no último ano.
Em 2019 o fundo MDSR Investments já tinha dado conta que pretendia entrar no mercado português. Concretizou a ideia no início deste ano, depois de ter investido fortemente no mercado espanhol.
Desde a sua criação em 2015, a MDSR adquiriu 37 ativos comerciais em Espanha, com um total de mais de 250.000 m² de área locável. Tem atualmente um portefólio de ativos avaliado em 300 milhões de euros. Há dois anos entrou no segmento de hipermercados.
(notícia atualizada com comunicado da Cushman & Wakefield)