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Fitch estima aumentos moderados nos preços das casas

Os valores da avaliação bancária bateram máximos de 2011. A Fitch vê margem para mais subidas, mas moderadas.

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O valor das casas em Portugal continua a dar sinais de recuperação. E os analistas da Fitch estimam que durante 2017 e 2018 os preços continuem a aumentar. Os dados da avaliação bancária, relativos a Janeiro, confirmaram a tendência de subida dos preços, com o valor médio a renovar máximos de 2011.

O valor médio da avaliação bancária aumentou 5,6% em Janeiro, quando comparado com o mesmo mês do ano passado, para 1.106 euros por metro quadrado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, divulgado na passada sexta-feira.

A Fitch notou, num relatório divulgado este mês, antes dos dados de Janeiro serem revelados,  que "a procura por habitação regressou, apoiada pela retoma do crédito bancário e pelo ambiente de baixas taxas de juro". Esse factor ajudou os preços em Portugal a convergirem com os que se verificavam em 2011. E notou ainda que houve uma melhoria do sentimento neste mercado, justificando com os números de novas construções que têm tido fortes subidas desde o final de 2014.

Preços com subida "moderada"

A agência estima que os preços continuem a recuperar. "Esperamos que os preços das casas tenham subidas moderadas em 2017 e em 2018, impulsionados por um ambiente macroeconómico estabilizado e pelo regresso gradual do crédito a custos comportáveis no mercado imobiliário residencial".

A Fitch antecipa que os bancos continuem a mostrar apetite pela concessão de crédito. "Esperamos que os volumes de novos empréstimos continuem a tendência, devido ao cenário económico mais estabilizado e ao aumento de concorrência", diz a agência. Apesar dessa tendência, a Fitch antecipa que apenas em 2018 é que o valor do novo crédito concedido ultrapasse o do montante de crédito que é amortizado.

Já em relação aos custos, a agência prevê que as taxas do crédito à habitação "permaneçam perto de 2% nos próximos anos, tendo em conta os objectivos de rentabilidade dos bancos, e o facto de não ser esperado que o BCE altere as suas taxas no futuro próximo".

Casas vazias limitam subidas dos preços

Apesar da recuperação que o valor das casas tem apresentado nos últimos meses e das expectativas de que essa tendência continue, a Fitch nota que existem alguns factores que poderão mitigar as subidas. "Espera-se que o elevado desemprego, a questão demográfica e a elevada quantidade de casa vazias sejam um constrangimento às subidas dos preços das casas".

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