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Comércio de luxo em Portugal vai continuar em alta
Com um maior número de marcas internacionais a instalar-se em Lisboa e no Porto e o aumento das compras por parte de turistas oriundos dos PALOP e Brasil, a Cushman & Wakefield estima que o mercado de luxo vai continuar positivo.
A consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W) publicou hoje um estudo sobre o comércio de luxo em Lisboa e Porto, assinalando que este é um mercado que está em contraciclo com o sector comercial e assim deverá continuar no futuro.
Este segmento tem registado um “crescimento significativo”, com muitas marcas de luxo a instalarem-se na Avenida da Liberdade e no Chiado, em Lisboa, e também na Avenida da Boavista, no Porto.
“Nos últimos anos, importantes insígnias como a Prada, Marc Jacobs, Loewe e Gucci abriram lojas alvo ao longo de todo o ano em Lisboa” e “em breve aguarda-se a inauguração de outras marcas de relevo tais como Cartier, Miu Miu ou Max Mara (ver fotogaleria)”, refere o estudo.
“O movimento contra-cíclico do comércio de rua em Portugal, quando comparado com os restantes sectores do imobiliário e com a economia em geral, é resultado não só do subaproveitamento deste segmento nas últimas décadas, mas também da apetência natural que os operadores de luxo têm para estas localizações”, refere a C&W.
A consultora conclui que “apesar da crise que o país atravessa, a evolução do sector de luxo em Portugal, com especial incidência nas cidades de Lisboa e Porto, deverá manter-se positiva no futuro, tendo em conta o potencial que ambas as cidades demonstram ainda para os operadores internacionais”.
Turismo impulsiona
A expansão deste segmento do retalho de luxo nas ruas de Lisboa beneficia também com o afluxo de turistas, “em especial para aqueles que não têm este tipo de oferta nos seus países de origem ou cujo valor dos produtos é mais elevado, nomeadamente os países PALOP e Brasil”.
Citando dados da operadora de tax free, Global Blue, a C&W assinala que os clientes angolanos são os que mais adquirem em Portugal, contando com 44% das vendas tax free, seguidos por turistas provenientes do Brasil, Rússia e China.
Acrescenta que a capital portuguesa é a sétima melhor posicionada para compras em viagens internacionais, à frente de cidades como Milão, Amesterdão ou Bruxelas.
A Avenida da Liberdade tem uma área de venda de 17.000 metros quadrados, sendo que 80% são marcas internacionais e 64% da área da moda. No Chiado estão ocupados mais de 20.500 m2 de área de venda, entre os quais as marcas internacionais representam 65%. Já na Avenida da Boavista, nomeadamente na zona do Avis, a área de venda é de 4.000 m2 entre lojistas múltiplos e internacionais.