Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Chamartín “exporta” Dolce Vita para a Polónia, Itália e Roménia

Grupo espanhol prevê investir 1,5 mil milhões de euros a partir de Portugal.

27 de Maio de 2008 às 13:59
  • ...

A Chamartín (antiga Amorim Imobiliária), grupo espanhol que actua em Portugal nos segmentos residencial, escritórios e “retail”, prevê investir cerca de 1,5 mil milhões de euros só na expansão da sua marca de “shoppings” Dolce Vita. “Dentro de quatro anos queremos ter 10 ‘shoppings’ em cada um destes mercados: Polónia, Itália e Roménia”, revelou ontem o CEO da Chamartín, Jaime Lopes, num encontro com jornalistas no Porto.

A partir de Portugal, a Chamartín pretende seguir os passos palmilhados pela Sonae Sierra na sua expansão internacional. “Isto será feito através de uma engenharia financeira enorme, organizada em cascata e que nos permita controlar sempre o negócio ainda que detendo apenas 10% ou 15% do capital”, explicou Jaime Lopes. No fundo, reconheceu o gestor, trata-se de “replicar o modelo de negócio da Sonae Sierra. Só temos que a imitar e fazer melhor”, frisou.

Na Polónia, a Chamartín tem quatro projectos em desenvolvimento - três em fase de licenciamento e um a arrancar (na cidade de Czezin, num investimento da ordem dos 80 milhões de euros). Já na Roménia, está a ultimar o fecho das negociações para a construção do seu primeiro “shopping” no país, na cidade de Cluj (cujo clube de futebol local, onde jogam oito portugueses, foi este ano campeão), e que está orçado em 70 milhões de euros.

Em Itália, a Chamartín já fechou acordo com o seu parceiro local, que tem sede em Bari e irá participar no projecto Dolce Vita neste mercado, através de uma participação equitativa (50%/50%) na área da gestão mas que deixará para a Chamartín o risco maior na promoção (30%/70%). Neste país, o grupo ibérico está em negociações para a construção de um centro comercial nos terrenos actualmente ocupados pelo estádio de um conhecido clube local: o Lecce.

No mercado vizinho de Espanha, onde opera dois e tem em desenvolvimento outros dois centros comerciais, o plano de expansão  mantém-se em aberto. “Espanha surpreende-nos todos os dias”, confessou Jaime Lopes, reportando-se à oferta de projectos que chega em catadupa à Chamartín, resultante da falta de liquidez dos promotores imobiliários locais. “Em Espanha, o nosso objectivo é ter todos os ‘shoppings’ que sejam rentáveis”, rematou.

Em Portugal, onde detém actualmente nove centros em operação,  prevê abrir em Maio do próximo ano o Dolce Vita Tejo, na Amadora, que será o maior “shopping” da Península Ibérica. Com uma área bruta locável de 122 mil metros quadrados, “a taxa de comercialização actual ronda os 85%”, garantiu Jaime Lopes.

Entretanto, a Chamartín apresentou ontem o seu novo projecto em território português - o Dolce Vita Braga, a concluir em Outubro de 2009 , que está orçado em 137 milhões de euros, terá 75 mil metros quadrados de área bruta locável e vai criar 3.350 postos de trabalho directos. Em fase de licenciamento está o Dolce Vita de Faro. “E assim ficaremos com o País coberto em termos de grandes cidades”, concluiu o CEO da Chamartín.

Outras Notícias
Publicidade
C•Studio