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Associação alerta: "Exercer a profissão de mediador imobiliário é um risco constante"

“A partir do momento em que as portas se fecham, se fica isolado do mundo e exposto às pérfidas intenções de um terceiro, tudo pode acontecer”, alerta a ASMIP, na sequência do caso de violação e esfaqueamento de uma agente imobiliária perto de Sobral de Monte Agraço.

Sofia A. Henriques/Negócios
21 de Setembro de 2021 às 10:51
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A Associação dos Mediadores do imobiliário de Portugal (ASMIP) "lamenta profundamente" o recente caso de alegada violação e tentativa de homicídio de uma profissional do ramo imobiliário, no exercício das suas funções, perto de Sobral de Monte Agraço, "com a agravante de acontecer numa segunda visita, o que inexoravelmente nos remete para um possível caso de premeditação do criminoso, a par de algum eventual sentido de segurança da vítima quando já conhece o cliente, mas não é, de maneira nenhuma, uma garantia de isenção de perigo", alerta a organização profissional liderada por Francisco Bacelar.

 

"Quem, como nós, exerce a atividade há muitos anos, provavelmente já tomou conhecimento de casos semelhantes, ou pelo menos de tentativas, nesse sentido, mas que não terão chegado ao conhecimento do público, e como tal não puseram o foco na necessidade de serem tomadas precauções que evitem, desde logo, as situações de vulnerabilidade em que um profissional do ramo imobiliário, feminino ou masculino, se colocam quando vão visitar imóveis, seja num lugar recôndito, ou num prédio no centro da cidade", enfatiza a ASMIP, em comunicado.

 

"A partir do momento em que as portas se fecham, se fica isolado do mundo, e exposto(a) às pérfidas intenções de um terceiro, tudo pode acontecer, valendo a lei do mais forte, mais preparado, e naturalmente sem escrúpulos", atenta.

 

Neste contexto, assinala, "exercer a profissão de mediador(a) imobiliário é um risco constante que obriga a cuidados acrescidos na prévia identificação, e qualificação dos clientes".

 

Contudo, ressalva a ASMIP, "serão medidas úteis mas não suficientes para evitar por completo o perigo de novos e graves casos", pelo que apela "a todos os que a exercem que evitem colocarem-se em situação de fragilidade perante desconhecidos, e que em caso de dúvida razoável procurem companhia que minimize o risco, e se possível garanta a sua segurança, sendo estes cuidados igualmente pertinentes para os clientes, que também se devem assegurar de que estão a lidar com verdadeiros profissionais, registados e em representação de empresas credíveis, afastando-se de possíveis impostores cujas intenções poderão nem sempre ser deste género, mas podem muito bem ser de lesar economicamente as suas vítimas, o que também é bastante grave".

 

Para a ASMIP, "esconder ou abafar casos nunca poderá ser a solução"

 

"Mas sabemos que nem sempre é fácil que as vítimas assumam os abusos ou tentativas", pelo que se solidariza com a vítima "deste execrável crime, incluindo no possível apoio jurídico, ou de outro tipo que venha a ser necessário", assim como coloca a ASMIP "à disposição deste e de outros casos, passados ou futuros, que por qualquer motivo até agora estejam silenciados, e justifiquem ação penal condizente com a sua gravidade".

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