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Travão ibérico ao gás? "A medida foi boa para Espanha", diz Nuno Ribeiro da Silva
Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, o presidente da Endesa Portugal afirma que o mecanismo que impede a subida de preços no gás apenas é boa para os consumidores espanhóis.
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Nuno Ribeiro da Silva considera que são os consumidores espanhóis, e não os portugueses, quem beneficia do travão aos preços do gás. "A medida foi boa para Espanha, porque é um país que tem um problema complexo relacionado com uma tarifa populista que o Governo espanhol criou há cerca de três anos e que é utilizada por 11 milhões de lares", defende o presidente da Endesa Portugal em entrevista ao Negócios e à Antena 1.
"Enquanto os preços iam baixando em Espanha, as pessoas aplaudiram essa tarifa. Mas tudo o que desce acaba por subir. O problema é que essas tarifas estão indexadas ao preço do mercado grossista diário da eletricidade na Península Ibérica. Ou seja, sem este mecanismo-travão, essas pessoas estariam a pagar mais de 300 euros por MWh (cerca de 5 euros o kWh nas suas casas)", afirma. "Por isso, o Governo espanhol foi o grande motor deste mecanismo ibérico".
O gestor sublinha que "não tem qualquer correspondência aqui em Portugal" e que "a medida nunca foi boa" no país, "porque não vinha resolver nada". "Em Portugal, não é um mecanismo que traga realmente benefícios, foi essencialmente para deitar água no fogo no problema das tarifas em Espanha", conclui.
"Enquanto os preços iam baixando em Espanha, as pessoas aplaudiram essa tarifa. Mas tudo o que desce acaba por subir. O problema é que essas tarifas estão indexadas ao preço do mercado grossista diário da eletricidade na Península Ibérica. Ou seja, sem este mecanismo-travão, essas pessoas estariam a pagar mais de 300 euros por MWh (cerca de 5 euros o kWh nas suas casas)", afirma. "Por isso, o Governo espanhol foi o grande motor deste mecanismo ibérico".