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Terminais de gás natural liquefeito da Alemanha vão custar mais do dobro da estimativa inicial

De perto de três mil milhões de euros, o custo passa para 6,56 mil milhões, anunciou o Ministério alemão da Economia.

Terminal flutuante para GNL, no porto de Wilhelmshaven, na Alemanha. D.R.
20 de Novembro de 2022 às 19:43
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A compra e manutenção dos terminais flutuantes de gás natural liquefeito (GNL) por parte da Alemanha, que visam ajudar o país a garantir o fornecimento de energia e diversificar as suas fontes – dado o menor gás proveniente da Rússia –, vão ficar mais caras do que o inicialmente previsto.

 

O valor total ascenderá a 6,56 mil milhões de euros, anunciou o Ministério alemão da Economia no domingo, 20 de novembro, citado pela Reuters. Assim, mais do que duplica o valor inicial estimado no Orçamento para 2022 e que era de 2,94 mil milhões de euros.

 

O custo agora revelado oficialmente confirma assim o valor que tinha sido já avançado pela "Der Spiegel".

 

"Foram determinados custos adicionais, depois de amplas consultas junto de inúmeros stakeholders [partes interessadas]", referiu o Ministério, citando os custos operacionais e infraestruturas adicionais em terra.

 

O Ministério alemão da Economia sublinha que os terminais flutuantes são essenciais para a maior economia europeia, de modo a compensar a queda nas entregas de gás russo desde a invasão da Ucrânia pela Rússia a 24 de fevereiro.

 

Este mês, a Alemanha concluiu a construção do seu primeiro terminal flutuante para GNL, no porto de Wilhelmshaven, no Mar do Norte.

 

O comité orçamental do parlamento alemão já aprovou esta despesa adicional exigida para os terminais.

 

O preço do gás natural TTF, que é o "benchmark" para os mercados europeus e é negociado em Amesterdão, acumula uma subida de 35,58% no último ano, tendo na sexta-feira encerrado a somar 2,95% para 115,51 euros por megawatt-hora (MWh).

Depois de um longo período de temperaturas invulgarmente amenas na Europa, estas caíram abaixo da média neste final da semana, fixando-se abaixo de zero em Berlim – e levando as pessoas a começarem a ligar os aquecedores, o que faz crescer a procura por gás.

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