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SwitchH2 e CorPower Ocean vão testar produção de hidrogénio no mar em Portugal com energia das ondas

A neerlandesa SwitchH2 dedica-se quer testar unidades flutuantes (à semelhança das plataformas usadas na indústria petrolífera em alto mar) para a produção de hidrogénio e amónia verdes, através de eletrolisadores alimentados por energia eólica, solar e das ondas. 

02 de Dezembro de 2024 às 11:04
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A empresa neerlandesa SwitchH2 anunciou esta segunda-feira uma parceria com a sueca CorPower Ocean, que já está a testar a sua tecnologia de conversão da energia das ondas em eletricidade em Portugal, para lançar um novo projeto piloto ao largo da costa portuguesa que inclui uma plataforma flutuante para produção de hidrogénio e amónia verdes à escala industrial. 

O projeto conta com o apoio do governo dos Países Baixos e também da BW Offshore e da Dutch Oceans Capital. A SwitchH2 dedica-se a projetar e desenvolver unidades flutuantes (à semelhança das plataformas usadas na indústria petrolífera em alto mar) para a produção de hidrogénio e amónia verdes, através de eletrolisadores alimentados por energia eólica, solar e das ondas. 

Em comunicado, a SwitcH2 informou que a sua unidade NH3-FPSO involve um navio recém-construído, quase do tamanho de um grande petroleiro, no qual será instalada no convés uma central de eletrólise com capacidade de 300 MW no convés. O objetivo é produzir amónia verde, que será depois armazenada temporariamente em tanques pressurizados no navio e exportada para terra. A empresa espera que esta plataforma flutuante atinja uma capacidade de produção anual de quase 300 mil toneladas de amónia verde até 2029.


"Estamos extremamente satisfeitos com nossa colaboração com a CorPower Ocean, pois a integração da energia das ondas adiciona benefícios económicos ao nosso sistema de produção offshore. Em conjunto, olhamos para um mercado dinâmico para o amoníaco verde, que deverá expandir-se seis vezes até 2050. O nosso projeto contribuirá para descarbonizar setores como o do transporte marítimo global", disse o cofundador da SwitcH2, Saskia Kunst. 

Já o diretor comercial da CorPower Ocean, Kevin Rebenius, disse: "A energia das ondas é uma das maiores fontes de energia inexploradas do mundo. É renovável, acessível e abundante. Traz maior estabilidade ao mix de energia limpa, permitindo o fornecimento de eletricidade renovável 24 horas por dia, 7 dias por semana".

Além do projeto inicial em Portugal, a SwitchH2 está já a expandir o seu portefólio para outras geografias em África  com vista à exportação de amoníaco verde para os mercados do noroeste da Europa, e também para projetos no mar do Norte, destinados à exportação de hidrogénio verde.

"Um sistema de produção flutuante de hidrogénio e amónia verdes é, por definição, um ativo móvel que construiremos onde for mais barato e que pode ser implementado em todo o mundo, onde quer que tenhamos acesso a energia eólica, das ondas e/ou solar a preços atrativos", acrescentou Kunst.

Entretanto, a sueca CorPower Ocean anunciou também recentemente o maior investimento individual na sua tecnologia de energia das ondas, depois de garantir um financiamento e 32 milhões de euros.

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