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Rússia vê receitas do gás e petróleo encolherem mais de 40% em março

Em março, o país liderado por Vladimir Putin angariou 688,2 mil milhões de rublos [cerca de 8 mil milhões de euros ao câmbio atual] com estas matérias-primas, menos 43% face ao mesmo período do ano anterior. Sanções ocidentais estão na base do golpe.

Após maior valorização em mais de um ano, analistas do Goldman reviram previsões para 100 dólares por barril.
Ernest Scheyder/Reuters
05 de Abril de 2023 às 15:45
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A Rússia viu as receitas de gás e petróleo encolher praticamente para metade. Em março, o país angariou 688,2 mil milhões de rublos [cerca de 8 mil milhões de euros ao câmbio atual] com estas matérias-primas, menos 43% face ao mesmo período do ano anterior.

A penalizar as receitas estão as sanções impostas pelo Ocidente, que limitam a exportação de petróleo e gás para a Europa. Uma medida que visa reduzir o acesso da Rússia a fundos para alimentar a guerra na Ucrânia, a que deu início em 24 de fevereiro do ano passado.

Em junho de 2022, o Conselho Europeu adotou um sexto pacote de sanções que proíbe a
"aquisição, importação ou transferência de petróleo bruto transportado por mar e de determinados produtos petrolíferos da Rússia para a UE", tal como detalha a instituição europeia no site oficial. Sendo que a partir de fevereiro deste ano a proibição passou também a aplicar-se a outro produtos petrolíferos refinados.

Desde essa altura, o petróleo de referência russo, o Urals, tem negociado com um desconto significativo relativamente ao Brent do Mar do Norte - crude de referência para as importações europeias -, que à data de hoje ronda os 84,48 dólar por barril. No caso do Urals, o preço médio em março foi de 47,85 dólares por barril, segundo o Ministério das Finanças russo.

A partir de abril, a Rússia vai alterar a forma de cálculo de impostos sobre os produtos petrolíferos, de modo a que o país consiga reter uma maior fatia das vendas de crude. Uma medida que visa combater o impacto das medidas aplicadas.
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