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Rublo afunda para mínimos de 15 meses e volta ao início da guerra
Desde o início do ano, o rublo já desvalorizou mais de 14% contra o dólar. Os movimentos da moeda russa contra o "green cash" acontecem no rescaldo do "avança e recua" da rebelião do grupo paramilitar Wagner contra Moscovo.
O rublo chegou a derrapar cerca de 3% contra o dólar esta segunda-feira, estando a negociar em mínimos de 15 meses, com os investidores a digerirem o fim de semana agitado na Rússia, com a ameaça de uma "rebelião" do grupo paramilitar Wagner.
Entretanto a moeda russa "alivia" para uma queda de 1,06%, valendo cada dólar 84,56 rublos, mantendo-se em mínimos de março do ano passado - semanas depois da invasão russa à Ucrânia. Desde o início do ano, o rublo já desvalorizou mais de 14% contra o dólar.
O Kremlin anunciou no sábado à noite que o líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgueni Prigozhin, protagonista de uma tentativa de "rebelião" armada na Rússia, partirá para a Bielorrússia, assegurando que a Justiça russa não o perseguirá criminalmente nem aos seus combatentes.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, classificou como rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não iria deixar acontecer uma "guerra civil" e que os responsáveis pagariam por isso.
Ao fim do dia em que foi notícia o avanço de forças do grupo Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.