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REN vai preparar proposta para construir cabo submarino até Marrocos

O Governo português deu luz verde para a REN preparar uma proposta sobre o financiamento e construção desta interligação cujo custo está estimado em 700 milhões.

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O Governo deu luz verde para a REN preparar uma proposta que visa a construção do cabo submarino entre Portugal e Marrocos. O objectivo deste cabo é transportar electricidade entre os dois países.

Neste âmbito, os governos de Portugal e de Marrocos assinaram um acordo esta quarta-feira, 9 de Maio, que mandata a REN e a sua homóloga marroquina, a ONEE, para que "até ao final do ano apresentem uma proposta de anteprojecto de construção e modelo de financiamento para a construção da interligação Portugal-Marrocos, com base nos resultados do estudo de viabilidade técnico-económico da interligação Marrocos-Portugal", pode-se ler no documento.

Este cabo submarino tem um custo estimado de 700 milhões de euros, e o acordo hoje assinado em Rabat prevê que sejam realizadas as "acções necessárias para assegurar o financiamento do projecto, sem que o custo do investimento seja inteiramente suportado pelos consumidores de ambos os países", segundo o documento assinado pelo secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, e o ministro marroquino da Energia, Aziz Rabbah.

O presidente da REN, Rodrigo Costa, revelou recentemente que a empresa tem 400 milhões de euros para novos investimentos até 2021, incluindo esta interligação cujo objectivo é que Portugal e Marrocos consigam vender um ao outro a energia renovável por si produzida.

"Marrocos é mais uma hipótese", destacou Rodrigo Costa no dia do investidor da empresa. Durante a apresentação do plano estratégico até 2021, o líder da REN avançou que o cabo submarino entre o Algarve e Marrocos vai custar entre "600 e 700 milhões". Na altura, o responsável da REN apontou que este investimento pode ser dividido em metade com o parceiro marroquino, ou que os custos para a REN poderiam somente atingir os 25% se o investimento do lado português fosse feito em consórcio.

Esta auto-estrada de energia submarina vai ter 250 quilómetros de extensão e implica a construção de "novas subestações nos dois lados do Atlântico", referiu Rodrigo Costa na sexta-feira, 4 de Maio.

O documento assinado pelos dois países sublinha a "necessidade de garantir as condições para exportar a "energia verde" que ambos os países produzem sendo que, para tal, é essencial reforçar as interligações energéticas, designadamente entre ambos os países".

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