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Produção da EDP disparou 10% impulsionada pelas barragens ibéricas

A produção de electricidade cresceu a dois dígitos com a ajuda de um ano mais chuvoso em Portugal e Espanha.

A EDP, liderada por António Mexia, reforçou o estatuto da cotada mais lucrativa da bolsa portuguesa. A eléctrica obteve um resultado líquido de 263 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, mais 11% que no mesmo período de 2015.
26 de Janeiro de 2017 às 17:24
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A EDP produziu mais 10% de electricidade em 2016 face ao período homólogo. Um crescimento que se deveu essencialmente a mais chuva na Península Ibérica, mais vento a soprar nos mercados europeus e América do Norte. A produção hídrica e eólica representou 65% da produção total em 2016.

Em Portugal e Espanha, os volumes hídricos ficaram 33% acima da média em 2016, face aos 26% registados em 2015.

Desta forma, a produção hídrica no mercado liberalizado em Portugal e Espanha cresceu 96% para 8.955 gigawatts hora (GWh). Já no mercado português com remuneração garantida -  através dos contratos CAE e CMEC - a produção cresceu 44% para 7.179 GWH.

Os dados foram divulgados esta quinta-feira, 26 de Janeiro, pela EDP, através de comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em termos de capacidade instalada, a mesma cresceu 2,7% para 25 gigawatts (GW), à boleia de mais 770 megawatts (MW) de nova capacidade eólica, dos quais 629 MW nos Estados Unidos.

Destaque também para a entrada em operação de novas barragens em Portugal, no total de 365 MW, como Salamonde e Baixo Sabor.

Foi também no ano passado que a companhia encerrou uma central de carvão em Espanha, retirando 239 MW à sua capacidade total, Soto II.

A produção liberalizada no mercado ibérico, cresceu assim 12% em 2016. A produção das barragens cresceu assim 96% "em virtude da forte hidraulicidade e pela entrada em operação de nova capacidade".

Nas centrais a carvão, a produção caiu 42%, "suportada por uma procura térmica" e pela menor disponibilidade da central de Abono 2 em Espanha. Simultaneamente, a produção nas centrais de ciclo combinado a gás cresceu 43%.

Já no Brasil, a produção cresceu 3% "beneficiando da consolidação integral da central a carvão de Pecém, desde Maio de 2015". No entanto, os volumes hídricos caíram 20% face a 2015, com menos chuva nas regiões das centrais e pela venda de uma mini-hídrica.
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