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Preços do petróleo reencaminham Sonangol para rota dos lucros
Preços do petróleo mais elevados e planos para avançar para oferta pública inicial sustentam potencial regresso da estatal angolana aos lucros em 2021.
A Sonangol espera fechar 2021 com lucros, invertendo o cenário negro do ano passado, em que registou prejuízos recorde de 3 mil milhões de dólares devido à queda das vendas.
A expectativa da petrolífera estatal de Angola surge à boleia de preços do petróleo mais elevados e dos planos para avançar para uma dispersão em bolsa.
A empresa vai focar-se em "reduzir os custos e em maximizar as margens de lucro", afirmou o presidente da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, em declarações à Bloomberg.
A Sonangol é uma peça-chave nos esforços de Angola para impulsionar a produção de petróleo, já que o país procura continuar a acima de 1,1 milhões de barris por dia, depois de um constante declínio ao longo dos últimos cinco anos.
Antes de vender uma fatia de até 30% do capital através de uma Oferta Pública Inicial (IPO na sigla inglesa), a Sonangol, advertiu Sebastião Gaspar Martins, tem de concluir a sua reestruturação e os programas de venda de ativos, bem como adotar, na íntegra, as Normas de Relato Financeiro Internacionais e dissipar as eventuais reservas que os auditores ainda possam ter.
"Estamos comprometidos em eliminar todos os aspetos que possam impedir a empresa de cotar as suas ações", sublinhou.
Em declarações à agência Lusa, no início do mês passado, Sebastião Gaspar Martins afirmou que a privatização parcial da empresa "é para avançar", mas sem se comprometer com prazos para a operação que poderia render aos cofres do Estado entre 4,13 mil e 5,78 milhões de euros, segundo estimativas apresentadas anteriormente pela empresa, essa
Sebastião Gaspar Martins está de saída da presidência do conselho de administração da Sonangol, devendo ser substituído no cargo pelo diplomata José Patrício que deve ser nomeado ainda este mês.