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Preços do gás disparam com tensão entre Rússia e Ucrânia

Os preços do gás natural da Europa voltaram a bater recordes, numa altura em que aumentam as preocupações em torno de uma possível invasão da Rússia à Ucrânia.

15 de Dezembro de 2021 às 10:39
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O preço do gás continua a bater recordes, face ao aumento dos receios de uma invasão da Rússia à Ucrânia. Esta terça-feira, o preço dos contratos futuros do TTF (Title Transfer Facility), chegou aos 131 euros por megawatt hora (MWh). O anterior recorde tinha sido batido na segunda-feira, dia em que os preços chegaram aos 116 euros por MWh. 

Desde o início do mês, os preços do gás na Europa subiram cerca de 40%. Um dos motivos para a escalada prende-se com o aumento da tensão entre a Rússia e a Ucrânia, temendo-se uma invasão por parte do país governado por Vladimir Putin, o que poderia dificultar o abastecimento de gás à Europa e, consequentemente, provocar um aumento dos preços. 

Segundo a imprensa internacional, a Rússia tem atualmente perto de 100 mil soldados prontos a intervir junto à fronteira com a Ucrânia. Uma situação que já levou a União Europeia a alertar a Rússia para a possibilidade de sanções económicas caso a ação militar prossiga. 

Espera-se que esta quarta-feira a Comissão Europeia apresente uma proposta para a criação de um sistema europeu de compra conjunta de gás, de adesão voluntária para os estados-membros. Esta será a resposta de Bruxelas à crise dos preços vivida nos últimos meses. 

Segundo um documento consultado pela Reuters, "as propostas irão incluir um enquadramento para uma aquisição conjunta de reservas estratégicas de gás por entidades reguladas numa base voluntária". O sistema poderá "contribuir para a tomada de medidas coordenadas na UE em caso de emergência". 

Nos últimos dois meses, as importações europeias de gás russo diminuíram 25% em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, as reservas da russa Gazprom, que garante um terço das importações europeias, estão "significativamente menores" em relação ao ao passado, diz a Comissão no mesmo documento.
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