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Portugal tem dos preços mais altos da UE no gás e electricidade

Portugal destaca-se nas estatísticas do Eurostat como o país com o gás mais caro do bloco e o segundo país da UE onde a electricidade é mais cara, tendo em conta a paridade do poder de compra. É também o terceiro país no qual os impostos mais pesam na factura.

Bloomberg
30 de Maio de 2018 às 11:31
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Portugal sucede à Alemanha nos países da UE em que a electricidade é mais cara, já após a harmonização dos resultados tendo em conta o poder de compra de cada país, diz o Eurostat no relatório de preços da energia publicado esta quarta-feira, onde esboça o cenário em 2017. Nesta medida, aos portugueses, cada 100 kWh custam em média 28 euros, apenas abaixo dos 28,8 euros da Alemanha. Segue-se a Bélgica, com 26,4 euros. No extremo oposto está a Finlândia, onde os consumidores pagam apenas 13 euros pela mesma quantidade de energia.

Mas o destaque de Portugal não fica por aqui. Consegue o terceiro lugar noutra rubrica, a carga fiscal. A energia nacional é das que mais sente o peso do Estado, que é responsável por 52% do preço das tarifas. A superar Portugal só a Alemanha, com 55%, e a Dinamarca, com 69%. Do outro lado do espectro está Malta, com impostos que não ultrapassam os 5%. A norma europeia aproxima-se mais do volume de Portugal, com a carga fiscal a representar 40% dos custos da electricidade.

Também no preço gás, Portugal se situa acima da média, exigindo 8 euros por cada 100 kWh que comparam com os 6,3 euros da média europeia. No que toca a esta fonte energética, o país fica em sexto lugar entre os mais caros -- mas, se olharmos novamente com o filtro da paridade de poder de compra, Portugal torna-se o país com os preços mais elevados de toda a UE. Já em relação à carga fiscal ao nível do bloco, em média 27% do preço do gás tem como destino os cofres do Estado. Portugal está precisamente em linha com esta média.

No cômputo geral, o bloco europeu assinala boas notícias para a bolsa dos consumidores, ao registar uma descida média de 0,2% nos preços da electricidade entre a segunda metade de 2016 e o mesmo período de 2017. Já o gás tem uma quebra ligeiramente mais expressiva, de 0,5%.

(Notícia actualizada às 13:08 com informação sobre os preços do gás em paridade de poder de compra)

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