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Petrobras justifica queda do lucro com descida de preços do petróleo e valorização do real

A petrolífera registou um lucro líquido de 124,606 mil milhões de reais (23,06 mil milhões de euros) no ano passado, uma queda de 33,8% em relação a 2022, ano em que o resultado foi recorde. 

A brasileira Petrobras foi a cotada que pagou mais dividendos aos acionistas no segundo trimestre do ano. Foram sete mil milhões de dólares.
Adriano Machado/Reuters
08 de Março de 2024 às 22:15
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A Petrobras, a maior empresa petrolífera do Brasil, atribuiu hoje a queda do lucro líquido no ano passado à descida dos preços do petróleo e à valorização do real face ao dólar.

A petrolífera registou um lucro líquido de 124,606 mil milhões de reais (23,06 mil milhões de euros) no ano passado, uma queda de 33,8% em relação a 2022, ano em que o resultado foi recorde. 

Apesar dessa redução, o lucro foi o segundo maior da história da empresa.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse numa teleconferência com investidores que a empresa teve um "resultado sólido" apesar de uma queda de 18% nos preços do petróleo em 2023.

A moeda brasileira valorizou-se 3%, o que também teve impacto nas receitas, disse o diretor financeiro da Petrobras, Sergio Leite.

"Essa combinação de fatores externos adversos teve um grande impacto no resultado e foi responsável por uma queda de 21% no Ebitda [lucro operacional bruto]", disse.

Segundo Leite, apesar dessa queda, o Ebitda foi o terceiro maior entre as grandes petrolíferas do mundo, atrás apenas da Exxon e da Shell.

Acrescentou que os resultados operacionais da petrolífera brasileira permitiram que o valor das suas ações na Bolsa de Nova Iorque acumulasse uma valorização de 112% no ano passado, bem acima de empresas como a Shell (20%) e a Total (14,2%).

As ações da empresa nas bolsas de São Paulo, Madrid e Nova Iorque sofreram hoje uma forte queda, em reação ao anúncio feito na véspera da redução da distribuição de dividendos.

Ao meio-dia de hoje, as ações ordinárias da Petrobras caíam 12% e as ações preferenciais 10,75% na bolsa de São Paulo, depois de terem iniciado o dia com quedas de até 14%.

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