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Parceria entre EDP e Engie prevê entrada no Japão e Coreia do Sul
A joint-venture entre as duas empresas para a produção eólica prevê a junção dos atuais ativos, mas também o alargamento a novos mercados.
A parceria entre a EDP e a Engie para o segmento eólico offshore prevê a criação de um portfólio com os atuais ativos das duas empresas, mas também a entrada em novos mercados. O anúncio da criação desta parceria foi feito por António Mexia, presidente executivo da EDP e Isabelle Kocher, líder da Engie, em Londres esta terça-feira.
Para António Mexia, esta união é "um passo natural" e faz "todo o sentido porque já os conhecemos há bastante tempo. Já trabalhamos juntos há muitos anos. Uma opinião partilhada por Isabelle Kocher que além desta relação antiga entre as duas empresas destacou que a criação desta joint-venture "faz todo o sentido para a Engie uma vez que estamos muito focados na energia eólica. As empresas têm projetos em conjunto no Reino Unido, França e em Portugal através do projeto Windfloat.
O líder da EDP destacou ainda que esta parceria prevê a integração dos atuais ativos das empresas neste segmento, mas também futuros. E cria ainda maior potencial para explorar novos mercados.
"Até 2030 teremos enorme potencial para crescer. A ideia é juntar também novos mercados como o Japão e Coreia do Sul, mercados que são relevantes e têm um grande potencial", revelou António Mexia. "Vai ser uma viagem interessante", concluiu o líder da energética.
A nova empresa, cujo nome será revelado até ao final do ano, vai ter sede em Madrid. E terá como presidente executivo Spyridon Martinis, administrador da EDP Renováveis.
Questionado sobre o impacto desta parceria na eventual futura joint-venture com a CTG para as renováveis na América do Sul, António Mexia referiu que a criação da nova empresa foi aprovada por todas as partes. E sublinhou que esta joint-venture prevê a integração "apenas do offshore".
No que toca à participação da CTG nesta parceria, o gestor sublinhou que será detida em 50/50 pela Engie e "em exclusivo pela EDP". Mas apesar de a acionista chinesa não ter presença no capital, "não significa que a CTG não possa integrar o projeto", mas numa vertente mais operacional, de gestão.
Já a presidente executiva da Engie, Isabelle Kocher, aproveitou para destacar que na expansão prevista para mercados da Ásia, "vão ser precisos parceiros. E a CTG claro que se pode assumir como tal. Temos estado em conversações com eles nos últimos meses", revelou.
* jornalista em Londres a convite da EDP