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EDP e francesa Engie fazem parceria para criar líder mundial na energia eólica
A EDP e a Engie fecharam um acordo para criar um líder mundial na energia eólica no segmento offshore.
"A EDPR e a ENGIE combinarão os seus ativos eólicos offshore e os projetos em desenvolvimento na recém-criada joint-venture, iniciando com um total de 1,5 GW1 em construção e 4,0 GW2 em desenvolvimento, com o objetivo de atingir os 5 a 7 GW3 de projetos em operação ou construção e 5 a 10 GW3 em desenvolvimento avançado até 2025."
Num segundo comunicado, a EDP diz que esta "joint-venture" "passará a ser um dos cinco maiores operadores de offshore a nível global na área, combinando a competência industrial e capacidade de desenvolvimento das duas empresas."
Esta parceria deverá estar "operacional até ao final de 2019", adianta o comunicado.
"A nova entidade será o veículo exclusivo de investimento da EDPR e da ENGIE para oportunidades eólicas offshore em todo o mundo e passará a ser um dos cinco maiores operadores de offshore a nível global, combinando a competência industrial e a capacidade de desenvolvimento das duas empresas", assume a empresa.
A "joint-venture" agora anunciada "terá como alvo prioritário mercados na Europa, nos Estados Unidos e algumas regiões da Ásia, de onde se espera que venha o maior crescimento."
Além disso, as empresas adiantam que o objetivo é que esta parceria seja "autofinanciada".
"É com enorme satisfação que anunciamos esta aliança estratégica com a EDP, com a qual temos cooperado desde 2013", salienta a presidente executiva da Engie, Isabelle Kocher, citada em comunicado. "A criação desta ‘joint-venture’ irá permitir-nos agarrar oportunidades de mercado enquanto aumentamos a nossa competitividade num dos nossos fatores-chave de desenvolvimento, as energias renováveis. Este acordo também está totalmente alinhado com a estratégia de transição zero-carbono da Engie", salienta a mesma responsável.
"Este acordo para o eólico offshore representa um importante passo na estratégia da EDP para as energias renováveis. Estamos totalmente comprometidos com a transição energética e com um futuro mais sustentável, como demonstram as metas ambiciosas anunciadas", aquando da apresentação do plano estratégico da EDP, sublinhou António Mexia, também citado num comunicado.
Parceria é "passo natural"
O anúncio da criação desta parceria foi feito por António Mexia, presidente executivo da EDP e Isabelle Kocher, líder da Engie, em Londres esta terça-feira.
Para António Mexia, esta união é "um passo natural" e faz "todo o sentido porque já os conhecemos há bastante tempo. Já trabalhamos juntos há muitos anos. Uma opinião partilhada por Isabelle Kocher que além desta relação antiga entre as duas empresas destacou que a criação desta joint-venture "faz todo o sentido para a Engie uma vez que estamos muito focados na energia eólica. As empresas têm projetos em conjunto no Reino Unido, França e em Portugal através do projeto Windfloat.
O líder da EDP destacou ainda que esta parceria prevê a integração dos atuais ativos das empresas neste segmento, mas também futuros. E cria ainda maior potencial para explorar novos mercados.
"Até 2030 teremos enorme potencial para crescer. A ideia é juntar também novos mercados como o Japão e Coreia do Sul, mercados que são relevantes e têm um grande potencial", revelou António Mexia. "Vai ser uma viagem interessante", concluiu o líder da energética.
A nova empresa, cujo nome será revelado até ao final do ano, vai ter sede em Madrid. E terá como presidente executivo Spyridon Martinis, administrador da EDP Renováveis.
(Notícia atualizada com mais informação às 15:20)