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Noruegueses retiram-se do gasoduto Nord Stream 2 face a risco de sanções dos EUA

"No estado em que as coisas estão, a DNV GL não poderá emitir um certificado após a conclusão do oleoduto", sublinhou a empresa.

04 de Janeiro de 2021 às 16:26
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O grupo norueguês DNV GL anunciou hoje ter-se retirado dos trabalhos de verificação e de certificação do projeto do gasoduto Nord Stream 2 entre a Rússia e a Alemanha face ao risco de sanções da administração norte-americana.

"A DNV GL vai cessar todas as atividades de verificação do sistema do 'pipeline' Nord Stream 2 devido às sanções e enquanto as sanções estiverem em vigor", disse o grupo norueguês à agência noticiosa France-Presse, através de um e-mail.

Empresa ligada à classificação e certificação, a DNV GL foi contratada para controlar e validar a qualidade das obras de assentamento do gasoduto, tanto do ponto de vista técnico como de segurança.

A certificação é essencial para o comissionamento do gasoduto submarino.

No entanto, o grupo está sujeito a sanções dos Estados Unidos contra as empresas envolvidas no trabalho que, segundo a administração de Donald Trump, aumentará a dependência dos europeus do gás russo e, assim, fortalecerá a influência de Moscovo.

"No estado em que as coisas estão, a DNV GL não poderá emitir um certificado após a conclusão do oleoduto", sublinhou a empresa.

Em novembro do ano passado, a empresa anunciou que, pelas mesmas razões, iria suspender o fornecimento de serviços aos navios envolvidos no projeto Nord Stream 2.

Um mês depois, no início de dezembro, os trabalhos do projeto, orçado em mais de 9.000 milhões de euros, retomaram em águas territoriais alemãs, após terem sido suspensos durante por quase um ano devido às sanções norte-americanas.

As obras, mas em águas dinamarquesas, devem recomeçar a 15 deste mês, de acordo com a autoridade marítima da Dinamarca.

Denunciadas pela União Europeia (UE), Alemanha e Rússia, as sanções incluem o congelamento de bens e a revogação de vistos dos Estados Unidos para contratantes ligados ao gasoduto.

O projeto associa principalmente a gigante russa Gazprom a cinco grupos europeus: a francesa Engie, as alemãs Uniper e Wintershall, a austríaca OMV e a anglo-holandesa Shell.
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