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Moedas: Se não fosse a crise "não tínhamos privatizado tudo aquilo que privatizámos"

Carlos Moedas admite que as privatizações da REN, EDP e TAP, caso não se tivesse verificado a situação de pressão financeira na altura, não teriam provavelmente sido discutidas e executadas.

# Porque Desce - O comissário português cai dois lugares na tabela dos Mais Poderosos, o que fica sobretudo a dever-se à incerteza sobre qual vai ser o seu futuro profissional. Contudo, se ser comissário é quanto basta para ter um papel de enorme influência, sê-lo numa pasta cada vez mais importante e com um orçamento de muitos milhões reforça essa importância. Carlos Moedas não desdenha um dia liderar o PSD e, também por isso, não deixará de continuar debaixo dos holofotes mediáticos.
Tiago Petinga/lusa
15 de Fevereiro de 2019 às 13:01
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Carlos Moedas, na qualidade de ex-Secretário de Estado Adjunto de Pedro Passos Coelho, considera que num cenário de menores necessidades financeiras, o Governo não teria, provavelmente, optado por executar as várias privatizações que ocorreram no tempo da intervenção da Troika.

"Se Portugal não estivesse em crise, eu penso que, de certa forma, não tínhamos privatizado tudo aquilo que privatizámos devido à crise", declarou Carlos Moedas perante a Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade, esta sexta-feira, 15 de fevereiro. 

"No caso de um país rico, sem necessidades financeiras, a conversa é diferente. Mas na altura não tínhamos grande escolha", reforçou Carlos Moedas. O ex-ministro adjunto ressalva, contudo, que as privatizações da REN, EDP e TAP já estavam previstas no Memorando de Entendimento com a Troika – o qual foi assinado pelo Governo socialista que lhe foi anterior, liderado por José Sócrates.  

As declarações de Moedas surgem na sequência de algumas questões sobre a posição que tem em relação à privatização da REN, numa altura em que é avançada a hipótese de o Estado voltar a adquirir uma participação acionista na distribuidora.

Em audições anteriores da mesma comissão, Rodrigo Costa, atual CEO da REN, afirmou que, tendo em conta a interação presente do Estado com a empresa, não vê "nenhuma vantagem" nem "necessidade" de uma reentrada no capital.

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