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Mexia entra no onze dos CEO mais bem pagos da Europa

Entre 17 presidentes executivos de grandes energéticas europeias, o líder da EDP obteve a décima remuneração mais elevada em 2015.

A EDP é a cotada que distribui um maior montante em dividendos na bolsa portuguesa. Mas também recebe remunerações das posições de 77,5% na EDP Renováveis e de 5% na REN, que implicam dividendos acima de 38 milhões de euros.
Miguel Baltazar/Negócios
03 de Junho de 2016 às 19:53
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António Mexia recorreu ao mundo do futebol para situar o seu ordenado em comparação com os líderes de energéticas europeias e norte-americanas da mesma dimensão.

"No futebol, o meu salário equivale ao de um defesa direito de um clube do meio da tabela", disse o presidente da EDP em entrevista à Sábado, sublinhando que o seu salário é "incomparavelmente mais baixo" face a outras companhias do mesmo sector noutros países.

O gestor ganhou um total de 2,17 milhões de euros em 2015, entre remunerações fixas, variáveis e bónus. Para este ano, a remuneração de António Mexia foi revista em alta: o gestor pode vir a ganhar 2,6 milhões de euros entre remuneração fixa e variável, que está sujeita ao cumprimento de vários objectivos de gestão.

Este aumento foi justificado com a necessidade de adequar a remuneração "quer com empresas de dimensão semelhante do PSI20, quer com empresas congéneres estrangeiras, nomeadamente ibéricas", que constam do índice Eurostoxx Utilities (que não inclui empresas do Reino Unido, onde o nível salarial é em média mais elevado).

Em Portugal, o presidente da EDP foi o gestor mais bem pago entre as empresas da bolsa de Lisboa em 2015, seguido de Carlos Gomes da Silva da Galp (1,36 milhões) e de Pedro Queiroz Pereira da Semapa (1,32 milhões).

E lá fora? Como é que a remuneração de António Mexia se situa em comparação com vários executivos de várias das maiores energéticas europeias?

 

O Negócios comparou as remunerações de 2015 dos gestores das energéticas que compõem o índice "Eurostoxx Utilities" e teve em conta a remuneração fixa, variável, bónus anuais e pagamento em acções.

Este índice conta com energéticas de Portugal (uma empresa), Espanha (cinco), Itália (três), França (cinco), Alemanha (duas) e Finlândia (uma), e foi precisamente usado pela consultora contratada pela EDP para estabelecer uma base de comparação de remunerações.


Entre os 17 presidentes executivos, António Mexia levou para casa em 2015 o décimo maior pacote de remuneração: 2,17 milhões de euros.

A lista é liderada por Ignacio Sánchez Galán da espanhola Iberdrola que ganhou um total de 9,509 milhões de euros no ano passado. Segue-se Johannes Teyssen da alemã E.On com 4,436 milhões e Gilles Gobin da francesa Rubis com 3,426 milhões.

Na cauda da tabela estão Jean-Louis Chaussade da francesa Suez Environment (1,669 milhões), José Folgado Blanco da espanhola Red Eléctrica (706 mil) e Jean-Bernard Lévy da francesa EDF (500 mil).

Na nona posição, um lugar acima de António Mexia, está Francesco Starace da italiana Enel (2,725 milhões de euros). Imediatamente abaixo do presidente da EDP, encontra-se Antoine Frérot da francesa Veolia Environment (2.159 milhões), que fecha o onze dos CEO mais bem pagos da Zona Euro.

EDP na oitava posição nos lucros

A grande maioria das remunerações destes gestores tem uma componente fixa e variável, com esta última a estar dependente de metas pré-definidas como lucros, EBITDA, investimento ou dívida.

E analisando os lucros destas 17 energéticas em 2015, a EDP fica a meio da tabela: na oitava posição com 913 milhões. A liderar estão a francesa EDF (4.822 milhões), a espanhola Iberdrola (2.421 milhões) e a italiana ENEL (2.196 milhões).

No fim da tabela, encontram-se as francesas Rubis (170 milhões) e Engie (prejuízo de 4,6 mil milhões) e a alemã E.On (prejuízo de sete mil milhões), que esteve interessada em comprar 21% da EDP em 2011.


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