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Martifer Solar garante que quer manter operação nos Estados Unidos
A empresa do grupo Martifer nega ter a intenção de vender a sua operação norte-americana, assegurando que o que está em causa é uma reorganização da sua subsidiária, já que a Martifer “está empenhada em manter a sua presença neste mercado”.
A Martifer Solar assegurou ao Negócios que não pretende vender a sua operação nos Estados Unidos da América (EUA), mas apenas reorganizar a sua empresa norte-americana, com vista a assegurar que o plano de recuperação “é aquele que maximiza o valor para os credores da sua subsidiária”.
“Os EUA representam actualmente um dos mercados com maior potencial no sector fotovoltaico e a Martifer está empenhada em manter a sua presença neste mercado”, sublinhou o grupo em resposta a questões colocadas pelo Negócios a propósito de informações avançadas esta semana pela agência Bloomberg, dando conta de um plano da Martifer Solar para vender, em Junho, o seu negócio nos EUA.
Adicionalmente, a empresa portuguesa esclarece que não está a propor rescisões na sua subsidiária norte-americana, mas antes a tentar reter parte dos trabalhadores. “A Martifer não propôs qualquer rescisão, mas sim um plano de retenção dos trabalhadores considerados chave durante a fase de transição, por forma a permitir o sucesso da reorganização da subsidiária”, refere a Martifer.
“O plano foi apresentado ao tribunal de “bankruptcy” [insolvências] tendo sido solicitada uma audiência com carácter de urgência. À data de hoje, essa audiência foi já confirmada”, esclarece a Martifer.
As dificuldades que precipitaram a entrada da Martifer Solar no “Capítulo 11” nos Estados Unidos prendem-se com atrasos no pagamento por parte de alguns dos seus clientes, segundo a Martifer. Isso provocou dificuldades no reembolso de alguns empréstimos, entre os quais o que a Martifer Solar tinha para com o Cathay Bank, no valor de 6,7 milhões de dólares (4,9 milhões de euros).
A subsidiária norte-americana da Martifer Solar contabiliza um activo de 33,7 milhões de dólares (24,4 milhões de euros) e um passivo de 35,1 milhões de dólares (25,4 milhões de euros) e em 2013 foi um dos motivos na origem do prejuízo de 9,1 milhões de euros registado pelo negócio solar da Martifer.