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Luz nunca esteve tão alta para os comercializadores. Qual seria o impacto nas casas?

Portugal e Espanha nunca tinham registado preços de eletricidade tão elevados no mercado ibérico que serve os comercializadores. A Seletra estima o impacto nos eletrodomésticos, se estes custos se refletissem automaticamente.

Os grandes consumidores de energia reclamam medidas urgentes para atenuar o efeito do aumento do preço da eletricidade.
Cátia Barbosa
21 de Julho de 2021 às 11:37
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O mercado ibérico da energia, o Mibel, onde os comercializadores vão comprar a eletricidade a quem a produz, atingiu esta quarta-feira, 20 de julho, o preço mais alto da história. Apesar de estes custos não se refletirem automaticamente na conta da luz, a Seletra fez uma estimativa de qual seria o impacto nos eletrodomésticos.

Os preços do Mibel tocaram uma média de 106,57 euros por cada megawatt-hora (MWh), o que significa que Portugal e Espanha nunca tinham registado preços de eletricidade tão elevados para os comercializadores – as empresas que depois vendem a luz aos consumidores -, desde que os dois países se uniram através do Mibel em 2007.

Para famílias de quatro pessoas, geralmente com uma potência contratada de 6,9 kVA, o aquecedor elétrico teria o maior custo – 38 cêntimos por hora nas horas de ponta -, seguido do forno, apenas um cêntimo abaixo, e da máquina de lavar a roupa, nos 34 cêntimos. Os eletrodomésticos com menos custos seriam a televisão (3 cêntimos) e o computador portátil (2 cêntimos). 

As estimativas são da Selectra, uma empresa de comparação de tarifas de energia e telecomunicações. Para baixar custos, o conselho é escolher horários mais rentáveis. Se o consumidor tiver uma tarifa bi-horária, deve aproveitar para ligar estes aparelhos entre as 22h e as 8h, aconselha o comparador.

No final de junho, Galp, EDP, Iberdrola e Endesa afirmaram ao Negócios que o fervilhar dos preços a que as elétricas compram a energia não se vai traduzir, para já, em subidas na conta da luz no mercado liberalizado.

Contudo, não descartam revisões mais tarde, dependendo da evolução do mercado. Entretanto, a luz também pode encarecer, caso os contratos estejam perto do período de renovação ou sejam indexados às flutuações do mercado.

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