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Lucros da Galp descem 21% para 560 milhões de euros

A descida da margem de refinação penalizou os resultados da Galp Energia, que ainda assim atingiu um EBITDA acima da meta inicial da companhia.

Na unidade de exploração e produção (E&P) o EBITDA da Galp Energia subiu 22% DR/Petrobras
18 de Fevereiro de 2020 às 07:35
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A Galp Energia anunciou que os resultados líquidos RCA de 2019 atingiram 560 milhões de euros, o que corresponde a uma queda de 21% face ao exercício do ano anterior. No quarto trimestre o lucro aumentou 44% para 157 milhões de euros.

Os analistas do CaixaBank BPI previam que a petrolífera tenha visto os lucros encolherem 17%, para os 583 milhões de euros.

Em comunicado à CMVM a petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva assinala que atingiu um EBITDA acima do projetado pela empresa, com um aumento de 7% para 2,381 mil milhões de euros. A meta inicial da Galp apontava para um valor no intervalo entre 2,1 e 2,2 mil milhões de euros. "Numa base comparável, excluindo o efeito da norma IFRS 16, o Ebitda RCA teria sido em linha com o do ano anterior, apesar dos menores preços de petróleo", refere a empresa.

No negócio da exploração e produção (E&P) o EBITDA subiu 22% para 1.751 milhões de euros, enquanto na unidade Gas & Power subiu 39% para 189 milhões de euros. A penalizar o EBITDA da companhia esteve a unidade de Refinação e distribuição, que gerou uma queda de 32% para 415 milhões de euros.

Os resultados da Galp refletem a desvalorização dos preços do petróleo nos mercados internacionais, que tal como a empresa já tinha anunciado, penalizou a margem da refinação. Esta caiu 38% para 3,1 dólares por barril em 2019. A Galp atingiu uma produção líquida de 120 mil barris de petróleo por dia, um aumento de 13% face a 2018.

"O desempenho financeiro robusto foi suportado pelos resultados de upstream e downstream, e apesar do contexto de refinação desafiante", refere a empresa em comunicado.

A Galp Energia investiu 856 milhões de euros no ano passado, alocando 70% deste montante ao negócio de E&P "e o restante maioritariamente focados nas atividades de manutenção e melhoria da eficiência energética das refinarias, assim como na renovação da rede de distribuição".

A empresa fechou 2019 com uma dívida líquida de 1.435 milhões de euros, um valor que representa uma queda de 302 milhões de euros face a 2018 e equivale a 0,7 vezes o EBITDA.

 

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