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Galp aposta nas renováveis e promete dividendo a crescer 10% ao ano até 2021

A empresa espera um cash flow decorrente das operações de 3 mil milhões de euros a partir de 2025, proveniente, na sua maioria – 75% -, de territórios fora da Península Ibérica.

Galp Energia
18 de Fevereiro de 2020 às 07:50
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A Galp prevê um crescimento anual do dividendo, todos os anos, entre 2019 e 2021, um reforço "balanceado" com os "investimentos de alta qualidade".

A informação consta de um dos comunicados publicados esta terça-feira, 18 de fevereiro, no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a CMVM, com a atualização da estratégia da companhia.  

Em 2018, o dividendo foi de 63,25 cêntimos por ação. Seguindo as contas da Galp, a remuneração relativa a 2019 deve cifrar-se nos 69,575 cêntimos, em 2020 passar aos 76,5325 cêntimos e, em 2021, atingir os 84,19 cêntimos.

No ano passado a Galp Energia já pagou um dividendo de 31,6 cêntimos, pelo que para cumprir o crescimento de 10% terá este ano que propor em assembleia geral o pagamento de um dividendo em redor de 38 cêntimos. 

No mesmo documento, lê-se que a empresa espera um cash flow decorrente das operações de 3 mil milhões de euros a partir de 2025, proveniente, na sua maioria – 75% -, de territórios fora da Península Ibérica.

Quatro áreas de negócio e aposta nas renováveis
A Galp anunciou ainda uma reestruturação da sua organização, que passa a contemplar quatro áreas de negócio, contra as três atuais. São elas o upstream; refinação e midstream; uma unidade comercial e por fim, renováveis e novos negócios. Até aqui a Galp estava organizada em três áreas de negócio: exploração e produção (E&P), Refinação e distribuição e Gas & Power.

As renováveis ganham, desta forma, relevância. A capacidade instalada no solar deverá atingir os 3,3 GW até 2023 e 10GW até 2030, sobretudo na Península Ibérica. A empresa adquiriu recentemente um conjunto de projetos em Espanha que totalizam os 2,9 GW. Neste segmento, o solar, os retornos para os acionistas ficam acima dos 10%.

O compromisso assumido pela Galp é o de destinar 10 a 15% do montante total de investimento a esta tecnologia e que 40% do Capex (investimento operacional) seja alocado a oportunidades que promovam a transição energética.

O investimento líquido previsto vai situar-se, em média, entre 1 e 1,2 mil milhões de euros por ano até 2022, tal como a empresa já tinha estimado no passado.

O negócio upstream deverá contribuir com mais de 4 mil milhões de euros entre 2020 e 2022, sendo que a partir de 2025 espera-se que entregue um cash flow superior a 2 mil milhões de euros.

No que toca à refinação e midstream, o plano é otimizar o desempenho e chegar a um EBITDA acima dos 350 milhões de euros até 2022. No mesmo período, a área comercial estima-se que contribua com 400 a 450 milhões de euros e que, de 2025 em diante, ultrapasse a fasquia dos 500 milhões de euros.

A Galp anunciou hoje que os resultados líquidos de 2019 atingiram 560 milhões de euros, o que corresponde a uma queda de 21% face ao exercício do ano anterior. No quarto trimestre o lucro aumentou 44% para 157 milhões de euros.

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